domingo, 22 de fevereiro de 2009

Susanka Bersin: Atitude admirivável



A apresentadora alemã Susanka Bersin deu um tapa na cara do colega ao vivo, porque ele fez uma brincadeira de mal gosto. Eu achei que a decisão desta jovem (bonita, por sinal) foi acertada, e por isso gostaria de expressar e exaltar esse ato que, acima de tudo, a torna uma espécie de ícone das mulheres que ainda se dão o devido valor.
Em uma era em que as mulheres aceitam qualquer trocado para posar nua (ops! é nú artístico, verdade), expondo seu corpo e suas vergonhas. Era em que elas são desvalorizadas em Reality Shows, nas músicas são chamadas de cachorras, piriguetes e outros termos pejorativos (existem ainda músicas que estilmulam a violência contra elas), são ultrajadas o tempo todo, colocadas meramente como objeto de prazer para os homens... Eis que surge uma heroína, uma mulher que dá um basta nessa falta de vergonha.
Muitas mulheres acabam, em busca do dinheiro fácil, colocando a perder a reputação das demais. Hoje, até no mercado de trabalho, as menos afortunadas fisicamente são colocadas para fora da festa, uma vez que massa cinzenta vale menos que massa corpórea, caráter vale menos que busto, personalidade vale menos que coxas... mulher decente vale menos que mulher devassa. Muitas vezes as justas acabam pagando pelas ímpias.
Um dia desses eu vi, em uma cerimônia (acho que do cinema), o apresentador pegar nos seios da colega. Ela ficou constrangida, mas não podia reagir contra, uma vez que está presa ao glamour, não pode ser cafona, careta, e não tem nada demais em o colega pegar no seio dela (ou dar um selinho, ou fazer sexo casual, ou ainda um nú artístico profissional e de muito bom gosto). Essa moça, em meio ao constrangimento, acabou fraquejando. Levou na esportiva, pegou na genitália do colega e seguiu em frente, mesmo com sua intimidade ultrajada.
Mas eis que surge Susanka Bersin. O tal do Hans Blomberg, naturalmente querendo implementar um modismo no meio televisivo ( que naturalmente seria copiado pela sociedade), arriscou... pegou no seio esquerdo da colega. Ele naturalmente esperava o constrangimento, seguido de aceitação e, por fim, a repercussão, que seria ótima: "Foi só uma brincadeira, o que é que tem, eles são apenas amigos". O cara ficaria famoso mundialmente às custas da colega. Mas a heroína dá ao rapaz atrevido o seu devido reconhecimento: Um tapa na cara. Acho que todas as mães de família, todas as moças que se valorizam, as valentes e guerreiras mulheres do mundo inteiro se sentiram representadas por essa moça. É como se aquele tapa fosse um grito de repúdio a essa sociedade machista que insiste em usar a mulher como um objeto, sensualizando e banalizando o que a Bíblia chama de pilar de uma casa (Provérbios 14:1). As mulheres que não se venderam agradecem a essa jovem por esse bendito tapa!

Fonte: Francisco A. Brito

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