Depois de muitas ameaças feitas por nacionalistas muçulmanos, uma livraria da Sociedade Bíblica da Turquia foi vandalizada pela segunda vez essa semana.
As câmeras de segurança mostram dois jovens atacando a vitrine da livraria Soz Kitapevi, chutando e quebrando os vidros nas portas e janelas. O batente da porta também foi danificado. Dogan Simsek, funcionário da livraria viu o estrago quando chegou para abrir a loja. Ele descreveu a gravação do ocorrido: “Eles entraram como um foguete”, diz. “Atacaram a loja a sangue frio, e foram embora como se nada tivesse acontecido.”
As gravações não capturaram os rostos dos jovens, e a policia ainda tenta identificar os invasores. Durante o primeiro ataque em 7 de fevereiro, o vidro da porta foi esmagado, e a câmera foi danificada. Os dois danos já haviam sido reparados.
Simsek disse para um jornal que esses foram os primeiros incidentes que testemunhou em 10 anos de trabalho na livraria.
“Nós tomamos chá com nossos vizinhos; não há nenhum problema quanto a isso”, disse Simsek, embora saiba que a opinião local não é 100% favorável. “Este é um bairro muçulmano, e muitos disseram para não vendermos esses livros aqui.”
A livraria recebeu ameaças de dois muçulmanos nacionalistas. Em novembro de 2008, um homem entrou na loja e começou a acusar a Soz Kitapevi de estar ligada à CIA, dizendo: “Vocês colaboram com eles, matando muçulmanos e manchando nossos países”.
Os ataques são exemplos da perseguição que os cristãos turcos têm enfrentado, principalmente a minoria protestante. A aliança das igrejas protestantes na Turquia publicou seu livro sobre a violação de direitos, detalhando alguns dos abusos sofridos pelas igrejas protestantes no ano de 2008.
A reportagem deixou claro que os ataques violentos, ameaças e acusações são sintomas do ambiente de desconfiança e falta de informação que os turcos permitem que exista.
O artigo também cita a descrição negativa dada pela mídia e órgãos do governo como principal responsável pela inimizade com os cristãos. Ele desafia o governo a desenvolver uma fiscalização efetiva para assegurar a não-apresentação de programas provocatórios e intolerantes, e ajudar o público a conhecer os direitos dos cidadãos turcos de todas as religiões.
Fonte: Missão Poras Abertas
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