quinta-feira, 19 de março de 2009

Polícia invade reuniões e prende diversos cristãos no Uzbequistão


Três protestantes foram condenados a 15 dias na prisão em Andijan, depois que a polícia invadiu uma casa onde estavam os três homens, que preferiram não ser identificados por medo de represálias. Outros cristãos foram levados para um abrigo, onde passaram de quatro a onze dias, por não portar documentos de identidade.

Em outro caso, um batista na capital Tashkent foi condenado a 10 dias na prisão depois que 20 oficiais invadiram uma reunião de oração em uma igreja registrada. Eles disseram aos membros da igreja que precisavam de uma permissão especial para qualquer outro culto que não fosse o de domingo, embora não haja nenhuma lei ou regra quanto a isso.

Todas as tentativas de discutir essa onda de prisões de protestantes e muçulmanos, desde o início de março com algum oficial do parlamento de direitos humanos foram fracassadas.

A situação da liberdade religiosa no Uzbequistão está piorando. Uma campanha nacional contra os seguidores do teólogo muçulmano Said Nursi está começando, com duras sentenças sendo entregues a alguns seguidores, enquanto outros permanecem presos aguardando julgamento. Membros de outras igrejas protestantes, assim como hare krishna e testemunhas de Jeová, estão sendo presos e perturbados.

Protestantes de Andijan disseram que os membros presos estão junto com criminosos. O juiz Shadmanov afirmou que, porque a defesa não apelou da decisão do juiz nos dez dias permitidos, os três cristãos só podem reclamar de qualquer violação dos processos com o grupo principal de juízes. “Minha decisão está baseada na lei”, insistiu. Questionado sobre o porquê de os indivíduos precisarem de uma permissão para se reunir com fins religiosos, ele respondeu: “Eu não sou um legislador, e não quero discutir a lei.” Shadmanov disse que os três devem ser soltos em 18 de março.

Shadmanov afirma que sua decisão não foi uma punição muito dura comparada com a violação cometida por eles. Ele diz que se forem novamente acusados por uma violação administrativa, os três enfrentariam acusações criminais.

Fonte: Portas Abertas

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