Uma onda de violência que varreu a cidade de Bauchi, na Nigéria central, resultou na morte de pelo menos 11 pessoas e na destruição de oito vilarejos, e de muitas casas cristãs.
De acordo com uma reportagem da Christian Solidarity Worldwide (CSW, em inglês), centenas de cristãos estão desabrigados, e foi instituído um toque de recolher para tentar evitar mais destruição de vidas e propriedades.
A notícia afirma que a violência teve seu ápice depois que uma mesquita foi incendiada em um subúrbio de Bauchi, e tropas foram enviadas para restaurar a ordem e impor o toque de recolher para sete bairros.
Apesar da ação dos oficiais de segurança, os ataques à comunidade cristã continuaram, e pelo menos uma pessoa foi morta.
“Cerca de 4.500 pessoas foram forçadas a abandonar suas casas e procurar refúgio em quartéis militares”, disse o porta-voz da CSW.
Algumas fontes ligam os ataques em Bauchi a uma disputa local entre uma igreja e muçulmanos que freqüentam uma mesquita ao lado do templo – uma disputa aparentemente iniciada com a decisão dos cristãos de não deixarem os muçulmanos estacionarem no terreno da igreja.
No entanto, muitos outros relatos ligam os tumultos aos acontecimentos em Jos em novembro de 2008, em que centenas de pessoas foram mortas, grande parte muçulmanos.
A associação cristã da Nigéria (CAN, em inglês) entendia os ataques incessantes à comunidade cristã como “leve provocação”. Eles afirmam: “Devemos lembrar a nação que os cristãos sofrem todas as vezes que há ameaças de jihad. Em nossa história, os cristãos são massacrados, suas propriedades destruídas em diversas regiões”.
“A igreja não é responsável por nenhuma dessas crises. Não por covardia ou falta de saber o que fazer, mas porque nossa religião nos ensina a amar nosso próximo como a nós mesmos, e estar em paz com todas as pessoas, que se alguém bater em nossa face direita, devemos lhe oferecer também a esquerda.”
Fonte: Portas Abertas
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