Diversas organizações islâmicas pressionaram os oficiais de um sub-distrito próximo à capital Jakarta, para proibir a Igreja Batista de se reunir em uma casa, e uma ordem para interromper os cultos.
A Frente de defesa islâmica (FPI em inglês), o grupo Betawi e o partido político Hizbut Tahrir disseram para os oficiais do sub-distrito de Sepatan, distrito de Tangerang, que as atividades religiosas não podem ser realizadas em uma residência. A casa pertence ao pastor Bedali Hulu.
Ismet Iskandar, responsável pelo distrito, e outro oficial apoiaram o fechamento da igreja, e ordenaram que o pastor Bedali usasse sua casa somente como moradia. O oficial, chamado Rusdy, enviou um mandado pedindo que todas as atividades religiosas realizadas na casa fossem encerradas.
“No entanto, eles não apresentaram uma solução. Há muito tempo temos sugerido a construção de um templo, mas não houve resposta do governo local”, conta o pastor.
No dia 27 de setembro, uma multidão foi até a residência e pediu a interrupção do culto de domingo. Ansiosa e com medo, a congregação apressou o culto.
Um grupo islâmico foi até a casa no dia 13 de setembro, invadiu e forçou os membros da igreja para saírem do local. O culto não aconteceu naquele dia.
Em outro incidente no dia 19 de setembro, desconhecidos incendiaram um veículo que pertencia à igreja. O pastor Bedali conta que o carro estava estacionado na frente de sua casa. No dia seguinte, ele reportou o acontecido para a polícia, que prometeu prender os culpados, apesar de que, até agora, ninguém foi preso.
Em outro ataque, porém, as forças de segurança conseguiram manter a paz quando outro grupo apareceu na residência. Dessa maneira, o culto prosseguiu tranquilamente.
O pastor Bedali Hulu iniciou a igreja em junho de 2005, e até dezembro de 2006 realizou cultos em sua casa sem nenhuma objeção dos vizinhos. Ele tinha permissão oficial por escrito para cultuar na residência, e a igreja estava registrada. O pastor tentou diversas vezes se reunir com o oficial do sub-distrito, Rusdy, mas disseram que ele não estava no escritório.
Fonte: Portas Abertas
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