quinta-feira, 3 de dezembro de 2009
Imigrantes na Espanha buscam refúgio em Jesus
A partir do ano 2000, com a expansão econômica e vasta oferta de empregos em setores que não interessavam à sua população, a Espanha se tornou um dos destinos preferidos de imigrantes latino-americanos. Naquela época havia cerca de um milhão de estrangeiros na Espanha, hoje em dia, há cerca de cinco milhões, o equivalente a 11% da população do país. Segundo o consulado, em 2003 e 2004 havia cerca de 20 mil brasileiros na Espanha. Hoje, estima-se que este número seja de 110 mil. Mas com a recente crise econômica global, veio o desemprego, que no país chega a 17,36% - o equivalente a mais de 4 milhões de desempregados. O país ocupa constantemente as manchetes dos jornais brasileiros, com notícias de prostituição e pedofilia envolvendo latinos que buscam no país europeu a realização de seus sonhos financeiros, quase sempre frustrados por falsos “promotores” da felicidade. São pessoas assim que formam grande parte da membresia da igreja de Huelva, que tem à sua frente o casal missionário Pr. Leno Lúcio e Raquel Franco.
Diante da crise, muitos são os que pensam em retornar ao seu país de origem. De modo indireto, o governo financia a volta dos imigrantes ilegais através da Organização Internacional para a Migração (OIM). A organização recebia cerca de cinco pedidos diários, um ano atrás. Hoje em dia, com a crise, são cerca de 20 a 30 pedidos. O número aumentou tanto que a organização agora tem que priorizar os casos considerados mais urgentes, como mães solteiras vivendo nas ruas. A espera dos casos considerados menos urgentes pode demorar meses.
Apesar da dificuldade de se pregar o Evangelho a corações tão castigados pelas desilusões, descrentes em quase tudo, os missionários colhem aos poucos os frutos das sementes que plantaram e veem com alegria o crescimento espiritual de pessoas que evangelizaram e discipularam. Na igreja de Huelva há imigrantes brasileiros, bolivianos, peruanos, etc. Muitos são os que estão com situação irregular no país, com problemas de adaptação ou envolvimento com prostituição. “São pessoas destruídas emocionalmente pela ilusão de ganhar dinheiro”, lamenta o pastor.
Segundo o pastor, a situação das crianças de famílias de imigrantes é tão ou mais dramática que a de seus pais. Ele conta que elas são submetidas a um horário escolar integral, das 8h às 17h e, quando têm um horário livre, estão trancadas em seus pequenos apartamentos, quase sempre divididos por duas ou três famílias. A igreja de Huelva na verdade ainda é uma missão da Igreja Batista de Sevilha, mas que cresce a cada dia através dos irmãos e irmãs que Deus tem levantado para assumir ministérios. As mulheres de lá abraçaram o “Desperta Débora”, orando em favor de seus filhos. Elas demonstram solidariedade umas com as outras, o que tem sido uma bênção.
Mesmo em meio às lutas esses irmãos demonstram sua fidelidade e comprometimento com a obra. O resultado é a consolidação da Escola Bíblica Dominical e a possível superação da meta estipulada da oferta para a Campanha de Missões Nacionais. “Separamos a igreja em quatro grupos para promover a obra missionária e, graças a Deus, funcionou bem.
Fonte: JMM Missões Mundiais
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