sexta-feira, 15 de maio de 2009
Vítimas de incêndio em igreja serão enterradas depois de um ano no Quênia
As vítimas do incêndio em uma igreja, que simboliza a ferocidade da violência pós-eleições no Quênia, finalmente poderão ser enterradas.
Os 36 corpos estavam em um necrotério na cidade de Eldoret desde o ataque em janeiro de 2008. Todas as tentativas das autoridades de enterrá-los em covas coletivas foram frustradas, graças aos familiares das vítimas.
Os parentes realizam a cerimônia no terreno da antiga igreja, onde os corpos serão enterrados. O presidente Mwai Kibaki estará entre os presentes na cerimônia, que será transmitida ao vivo pela TV queniana. Os funerais foram adiados por causa das dificuldades em identificar os mortos e da disputa pelo lugar aonde seriam enterrados.
Em janeiro, as autoridades tentaram enterrar os corpos em uma cova coletiva, em um cemitério público sem avisar os parentes das vítimas. As famílias, quando souberam, correram até o cemitério e pediram para que os oficiais interrompessem o trabalho e devolvessem os corpos para o necrotério.
Uma integrante do comitê que organiza os funerais – e sobrevivente ao ataque – disse que cada vítima terá seu próprio túmulo. “No início, estávamos muito tristes, mas agora estamos bem, pois poderemos enterrar nossos queridos”, ela disse. “No momento, o local está em paz.”
Eldoret está localizada em Rift Valley, lugar mais afetado pelo derramamento de sangue em dezembro de 2007.
No mês passado, o tribunal no Quênia abriu um caso contra quatro homens acusados de envolvimento no incêndio. O juiz acusa a polícia de não fazer um bom trabalho. A violência aumentou após a disputa presidencial em dezembro de 2007, em que o líder da oposição Raila Odinga perdeu para seu encarregado, Sr. Kibaki.
Um acordo de paz entre os rivais políticos resultou em um governo de coalizão e no fim da desordem que deixou mais de 1.500 mortos.
Fonte: Portas Abertas
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