sábado, 31 de julho de 2010

Para salvar suas vidas, cristãos se fazem de mortos


Dois evangelistas disseram ter sobrevivido a um ataque no distrito de Balaghat, Madhya Pradesh, ao se fingirem de mortos quando extremistas hindus os cercaram e os agrediram.

Os seis agressores acusaram Mahindra Kharoley, 20, e Munshi Prasaad Bahey, 30, de converter pessoas à força.

Os dois evangelistas estavam voltando para casa de bicicleta no vilarejo de Susua após uma reunião de oração em Dunda Sivni, quando os agressores, de motocicletas, rostos cobertos, os atacaram. Eles nem esperaram as justificativas dos cristãos, e logo começaram a agredi-los.

“Eles bateram minha cabeça na calçada, e me chutaram”, conta Bahey, cujas roupas ficaram ensopadas de sangue. Kharoley teve ferimentos na cabeça, peito, e corpo, e fraturou o braço.

“Ficamos lá, deitados, e fingimos que estávamos mortos, após 20 minutos sendo agredidos”, conta Kharoley.

Bahey acrescenta: “Se não tivéssemos feito isso, eles teriam nos matado”.

Bahey ouviu um dos agressores falar: “Mahesh, pare de bater neles, eles já estão mortos. Vamos sair daqui!”.

Kharoley e Bahey ligaram para seu companheiro evangelista Kamlesh Nagpure ir buscá-los, mas eles conseguiram chegar sozinhos no vilarejo.

“Não podíamos esperar Kamlesh chegar. Precisávamos de atendimento médico imediato”.

Eles foram levados para um centro de saúde em Kirnapur, e depois transferidos para um hospital em Balaghat, para realizar diversos exames.

A polícia de Kirnapur aceitou a queixa sobre o incidente, mas não começaram as investigações.

“Não fizemos nenhuma investigação, e somente após isso registraremos o Boletim de Ocorrência”, disse o delegado Sandhir Chaudhary.

“Eu estou ocupado até o dia 5 de agosto com outros casos mais importantes. Depois verei o que posso fazer”.

Fonte: portas Abertas

Jovem cristão é preso por possuir um exemplar do Novo Testamento


Um cristão iraniano está sendo mantido na prisão de Evin somente por possuir uma Bíblia.

O fato foi revelado pelo pai de Ali Golchin, em uma conversa telefônica com a rádio Voice of America (VOA).

O pai de Ali contou que a única razão de seu filho estar na prisão é porque encontraram um Novo Testamento em sua casa, e ele ficou surpreso com o fato de que possuir uma Bíblia é compreendido como um crime grave.

De acordo com a Farsi Christian News Network (FCNN), Ali Golchin, um químico de 29 anos, foi preso na cidade de Varamin, ao sul de Teerã, e está na solitária há mais de dois meses. Ali é um cristão de língua farsi, e trabalha na Igreja local.

A FCNN disse que Ali foi submetido a duros interrogatórios durante esse período. A família de Ali está sendo ameaçada pelo governo, e alertada a não possuir um advogado ou entrar em contato com organizações internacionais. Ali ainda não foi acusado de nenhum crime.

A rádio Voice of America (VOA) realizou uma entrevista telefônica com o pai de Ali, Mohsen Golchin.

O representante da VOA começou perguntando a Mohsen sobre as circunstâncias envolvendo a prisão de seu filho.

“Meu filho foi preso no dia 29 de abril de 2010. A razão de sua prisão foi a descoberta de um Novo Testamento no porão de nossa casa. Foi por isso que eles o prenderam. Eu sou cristão, e meu filho nasceu em uma família cristã. Eu quero saber por que é crime possuir um Novo Testamento. Os oficiais do governo revistaram minha casa e, além do Novo Testamento, ainda levaram outros livros pessoais”.

“As únicas informações que tenho sobre meu filho é que ele está sofrendo de solidão, e ainda é mantido longe dos outros prisioneiros, em uma solitária. Durante esses meses, só pude visitá-lo por 10-15 minutos”, conta Mohsen.

“Eu não sabia que possuir uma Bíblia era um crime no Irã, mas as autoridades nos acusaram de tentar converter muçulmanos através da distribuição de Bíblias, o que é considerado crime. Eu expliquei que essas Bíblias não eram para distribuir nas ruas, somente para presentear os membros da Igreja”.

“Não pudemos pedir um advogado, já que meu filho não foi formalmente acusado de nada. No entanto, ele foi submetido a diversos interrogatórios”.

“Espero que o Ministro da Justiça se coloque em meu lugar. Meu filho é inocente. Ele não se envolveu em nenhum problema político ou ilegal. Nossa religião é sancionada no país e queremos tolerância e respeito.”

Fonte: Portas Abertas