segunda-feira, 30 de março de 2009

O mito da Índia como uma nação cheia de paz


Esta é a segunda parte do artigo intitulado A realidade sobre a Índia.

Na Índia, país predominantemente hindu, os cristãos são de longe uma minoria. Eles têm sido perseguidos durante anos, e no estado de Orissa, local mais tenso do país, cerca de 50 pessoas perderam suas vidas em uma onda de violência em 2008. Como ocorre a perseguição dos cristãos indianos? Qual é a história desses cristãos e como eles se preparam para enfrentar tamanha opressão?

Nova Déli – Na Classificação de países por perseguição da Portas Abertas Internacional, a Índia esteve durante anos na trigésima colocação. Abhishek Singh*, diretor da Portas Abertas Índia foi entrevistado em 2008 e relatou a possibilidade de que em 2009 o país fosse subir algumas posições. De fato, a Índia alcançou a 22ª posição.

Isso ocorreu por causa da onda de violência contra os cristãos do estado de Orissa. Muitas pessoas foram mortas e houve um grande número de roubos. Isso significou um aumento na perseguição aos cristãos, e dado ao grande número de relatos que chegaram a nós, temo que esse não seja o fim de tudo. A seguir leia a entrevista feita com ele.

Por causa da violência, nós pensávamos que os cristãos da Índia estariam vivendo escondidos. Mas ainda é possível vê-los indo sem medo à igreja. Qual é a postura dos cristãos indianos?

Em primeiro lugar, não se pode comparar a Índia com um país como a Coréia do Norte, que oprimi os cristãos e não dá a eles nenhum tipo posição social. O cristianismo não é legalmente proibido na Índia. Nossa constituição garante liberdade de consciência para todos e o direito de se escolher a religião que quiser. Então, os cristãos possuem direitos em nosso país.

Além do mais, o cristianismo foi trazido para cá pelo apóstolo Tomé, e depois por colonialistas portugueses, holandeses e franceses, portanto, há séculos ele está presente no país.

A Índia é um país democrático, mas infelizmente, na prática, a lei tem sido restringida em sua aplicação de modo a favorecer a maioria hindu, 80% da população, e desfavorecer minorias como a cristã ou islâmica. A quantidade de violência feita por extremistas contra cristãos é muito grande. Não se passa um dia sequer sem que haja dois ou três ataques contra os cristãos no país. Em muitos casos, a polícia, sob a influência dos hindus, não faz nada ou torna-se complacente.

Em um livro de Ron Boyd MacMillan que trata sobre a perseguição de cristãos na Índia, ele diz que há quinze anos, hindus e cristãos ainda coexistiam pacificamente. Esse dado é preciso?

Antes de tudo, vamos deixar claro que a maioria dos hindus é pacífica e quer viver em paz. Os cristãos têm progressivamente se tornado vítimas de uma ideologia fascista chamada Hindutva, que tem se desenvolvido em nosso país nos últimos 20 anos. Os que aderem essa doutrina estão tentando tornar a Índia um Estado hindu através da violência.

O cristianismo nunca foi bem aceito na Índia, principalmente entre os nacionalistas que veem isso como um legado de nossa história colonial. Sempre houve incidentes violentos envolvendo cristãos. O primeiro ataque documentado contra um cristão ocorreu em 1964, quando um clérigo católico romano foi assassinado no estado de Bihar.

A perseguição de cristãos decolou em 1998, quando o Partido Bharatiya Janata chegou ao poder. Na véspera de Natal daquele ano, os extremistas da cidade de Dangs, estado de Gujarat, incendiaram 25 igrejas. Em 1999, o evangelista australiano Graham Staines e seus dois filhos foram assassinados. Fundamentalistas hindus atearam fogo em seu carro enquanto ele dormia.

Os cristãos são acusados de forçar hindus a se converter. Há alguma verdade nisso?

Isso é um falso boato, espalhado pelos nacionalistas para envenenar as mentes dos indianos. Fazendo isso, eles incitam a população hindu contra os cristãos. Mas posso afirmar que nunca houve um caso sequer de conversão forçada que tenha sido provado até hoje em nenhuma corte indiana. É mentira! Apenas propaganda contrária. Após circularem as informações falsas, os extremistas hindus começam a atacar os cristãos e a incendiar casas e igrejas. Os cristãos são um alvo fácil, já que são uma minoria e geralmente não revidam. Eles fazem isso para tentar alcançar o objetivo final: um Estado hindu.

Há algum caso de perseguição que seja sistemática?

A violência contra os cristãos não ocorre através do trabalho desconexo e aleatório de alguns grupos extremistas. Há uma rede intimamente ligada de organizações hinduístas fundamentalistas. A BJP é o braço político do grupo Rashtriya Swayamsevak Sangh (RSS), uma organização abrangente que promove o ideal de uma nação somente para hinduístas. Existem pelo menos 47 outras organizações ligadas a ela, inclusive um sindicato de trabalhadores e o partido fundamentalista chamado VHP, que possui um departamento voltado para jovens. São os membros dessas organizações que fizeram os ataques a Orissa. Então, sim, os ataques aos cristãos são muito bem planejados e há todo um sistema atrás deles.

Em Orissa, houve um surto de violência. Em quantos estados os cristãos sofrem perseguição?

No presente momento, os cristãos estão sendo perseguidos por toda a Índia, com exceção dos estados do nordeste indiano, por exemplo, Nagaland, Mizoram e Meghalaya. Nos outros 25 estados, nos últimos meses foram relatados diversos ataques a igrejas e cristãos, alguns estados mais outros menos. Nossa preocupação é maior com os estados de Orissa, Madhya Pradesh, Chhattisgarh, Uttar Pradesh, Andhra Pradesh e Karnataka. Em dezembro de 2007, e em agosto de 2008, houve um surto de violência em Orissa, mas os ataques contra os cristãos estão acontecendo constantemente em toda a Índia. Eles nem sempre aparecem na mídia, mas não devem ser ignorados.

Como você explica o surto de violência em Orissa?

A violência ocorrida nesse estado é essencialmente resultado de uma campanha muito bem arquitetada por hinduístas extremistas, que foi inspirada pela ideologia Hindutva da RSS. Houve um preparo de 20 anos até que ela ocorresse. Swami Laxmanananda Saraswati foi assassinado por rebeldes maoístas, mas os cristãos foram culpados. A morte dele deu início aos ataques aos cristãos. Esse homem chegou a Orissa no final da década de 1960 para proclamar a filosofia nacionalista hinduísta entre os Kandha, que são tribos étnicas que praticam a religião animista. Ele os incitava contra os Pana e os Dalits ou intocáveis, que estão fora do sistema de castas e não possuem nenhum direito para o que quer que seja. Existem cristãos entre esses excluídos e, dessa maneira, iniciaram-se os conflitos nessa área.

Esses dalits, que no sistema de castas sempre foram obrigados a realizar os piores trabalhos, têm progressivamente obtido sucesso ao alcançar posições mais altas. Eles estão crescendo e até estudando em outros estados, assim, Kandha estava perdendo o controle deles. Isso inflamou os extremistas ainda mais.

Além disso, o número de cristãos na cidade mais afetada, Kandhamal, estava crescendo rapidamente. Os dalits estavam se convertendo em grande escala. E isso não estava acontecendo porque alguém os forçava a conversão, mas sim porque eles queriam seguir Jesus Cristo. Os hinduístas extremistas começaram uma campanha de ódio e inventaram a história de que todos que haviam se convertido o tinham feito sob pressão. E o governo de Orissa não fez nada a respeito, porque temia perder os votos dos hindus.

O fato de que os cristãos defendiam os pobres e oprimidos, os dalits, não foi do gosto dos que estavam no poder, que geralmente eram os de castas altas. É impossível entender a Índia sem conhecer esse sistema que permeia toda a sociedade. A classe alta tem medo de perder seu poder. Apenas um incidente teve que ocorrer, nesse caso, a morte de Saraswati, para que ocorresse um surto de violência.

Há um boato de que os hinduístas extremistas estão sendo pagos para cometer crimes. O que você sabe sobre isso?

Não posso provar, mas os sinais de que isso ocorra são muito visíveis. Kandhamal, cidade de Orissa, é muito conhecida por suas plantações de gengibre e açafrão. Diversas empresas têm tentado tomar a terra das tribos para cultivar essas especiarias e para utilizá-la para outros propósitos. Mas os cristãos têm defendido os direitos desses nativos para que eles obtenham a posse de suas terras. Então, os empresários querem primeiro se livrar dos cristãos e em seguida dos proprietários das terras. Eu ouvi dizer que eles ofereceram dinheiro aos hinduístas extremistas: 100 mil rúpias pelo assassinato de um pastor, a mesma quantidade para a destruição de uma igreja e 50 mil rúpias para incendiar uma casa de cristão. Por que é que os extremistas fariam isso? Só fariam se pudessem ter algum lucro ao fazê-lo!

No ocidente, a idéia dominante é que o huinduísmo é uma religião pacífica. Essa imagem deve ser revista?

O fato de que é a Índia é uma nação pacífica é um mito persistente. A história de nosso país não se desenvolveu sem ter um momento sequer de paz. Na Índia, ao contrário dos países vizinhos, somente 1% da população é budista. Por quê? Há uma página negra em nossa história que ninguém quer contar: os líderes das castas mais altas assassinaram sistematicamente milhões de budistas. Nosso país possui a segunda maior população muçulmana do mundo, e muitos muçulmanos foram assassinados nos últimos anos.

Gandhi, fundador de nosso Estado moderno, usou o mito de que a Índia era uma nação pacífica como meio de propagar o país no ocidente. Essa imagem foi criada no século XIX por um erudito alemão chamado Max Müller, que escreveu a partir de uma visão romantizada do hinduísmo. Mas a realidade é diferente: a Índia hindu é baseada em uma sociedade violenta.

*Por motivos de segurança, o nome do entrevistado foi alterado.

Fonte: Portas Abertas

sexta-feira, 27 de março de 2009

Igreja sofre novas ameaças de grupo radical


Por meio das ações institucionais da Portas Abertas Internacional, a Igreja Cristã Batista Jacarta (GKBJ) em Tangerang foi reaberta em junho de 2008.

Em novembro do mesmo ano, os mais de 70 membros – incluindo crianças – mudaram para um novo local, para continuar a cultuar normalmente. Desde então, a igreja tem experimentado uma boa convivência com o Islamic Defenders Front (FPI), grupo que se opunha a eles anteriormente.

Saiba mais sobre esse caso.

Infelizmente a paz durou pouco. No domingo, dia 22 de março, mais de 100 membros do Hizbut Tahrir (grupo muçulmano considerado radical), se reuniram em frente às dependências da igreja. Eles distribuíram folhetos aos vizinhos e transeuntes para “alertá-los” sobre a tentativa da igreja de convertê-los. Também exigiram que a igreja fosse fechada.

Durante essa semana, o FPI irá negociar com o Hizbut Tahrir em nome da igreja. “Por favor, orem para que a reunião seja bem-sucedida, para que a congregação fique tranquila e para que a situação volte ao normal”, pediu o pastor Bedali Hulu. “Eu acredito que o Senhor permite que passemos por provas para que nos aproximemos dele.”

Fonte: Portas Abertas

quinta-feira, 26 de março de 2009

Santa Casa de Misericórdia de Maceió proibe visita de evangélicos aos leitos


O vereador pastor João Luiz (DEM) utilizou a tribuna durante esta terça-feira para anunciar seu repúdio em relação a uma portaria da Santa Casa de Misericórdia de Maceió, que de forma inconstitucional proibiu visita de evangélicos aos leitos do hospital.

Segundo o vereador o ato além de inconstitucional é discriminatório, pois permite a visitação de grupos católicos. “É lamentável esta decisão e se preciso for acionarei o Ministério Público para derrubar esta decisão”, falou.

Indignado com a situação o vereador Alan Balbino (PP) pediu uma ação efetiva da Comissão Permanente de Saúde da Casa no que se refere às atividades do hospital.

O vereador Silvio Camelo usou a tribuna para esclarecer que o fato já foi contornado e que o hospital já anulou a portaria.

Fonte: O Verbo

quarta-feira, 25 de março de 2009

Aids já deixou 14 mi de crianças órfãs na África subsaariana


O vírus da Aids já deixou 14 milhões de crianças órfãs na África Subsaariana, um número que aumenta anualmente e revela a necessidade de maior ajuda internacional, diz a Associação de Parlamentares Europeus para África (AWEPA).

A situação das crianças órfãs e vulneráveis pelo HIV foi o tema de um seminário realizado em Lisboa, promovido pela Assembleia da República e pela AWEPA.

A AWEPA é uma organização não governamental internacional - com cerca de 1.500 membros, incluindo ex-europedutados e atuais parlamentares - que apoia os parlamentos africanos a manter o continente no topo da agenda política da Europa.

Segundo o presidente da ONG, Jan Nico Scholten, a África Subsaariana é a mais afetada pela doença. Moçambique, África do Sul, Suazilândia e Maláui são os países com maior incidência.

Os políticos, defendeu Scholten, devem ler estes números e se basear neles, tomando medidas que apostem na proteção social às crianças e as famílias.

Diante da crise financeira, o financiamento a programas internacionais de apoio a estes países não deve diminuir, disse. "Não foi a África que criou a crise financeira e a crise ambiental, fomos nós os países desenvolvidos".

Incidência

Em Moçambique, a incidência da Aids é de 16% numa população com 90 milhões de pessoas, um taxa muito alta, afirmou Theresa Kilbane, representante do Unicef no país e responsável pelo setor de proteção à criança.

Apesar de já ter havido algum progresso no apoio às crianças afetadas pela Aids, Theresa Kilbane disse que ainda é necessário o apoio internacional para complementar as atividades desenvolvidas pelo governo moçambicano.

Moçambique é um pais onde 58% das crianças vivem abaixo da linha da pobreza e onde se estima que mais de 30% nascem por ano com HIV, metade dos quais morrendo antes de completar um ano.

Embora o acesso à saúde, educação e proteção tenha melhorado, o desafio do presente e do futuro é continuar a apostar em programas locais.

Por outro lado, a representante do Unicef em Moçambique considerou fundamental a criação de uma base de dados sobre o atendimento as crianças e vulneráveis.

O seminário em Lisboa faz parte do programa da Awepa de co-financiamento temático "proteger os valores da democracia", financiado pelo governo holandês com o objetivo de facilitar a cooperação e a troca de experiências entre políticos e deputados em problemas sócio-econômicos como a Aids.

Segundo a organização, o objetivo é reforçar o diálogo entre os parlamentares africanos e europeus e aumentar a ação parlamentar no que diz respeito às crianças órfãs e vulneráveis.

Fonte: Folha Gospel

Mais um líder cristão foi solto na Eritreia


A Portas Abertas Internacional foi informada de que as autoridades eritreias soltaram um líder da igreja Kale Hiwot preso em dezembro do ano passado durante uma campanha de duas semanas em que 49 líderes de igrejas foram presos. O Dr. Michel Mehari, diretor do hospital infantil em Asmara, foi mantido na delegacia pelos últimos três meses.

Fontes confirmaram o número de cristãos presos no centro de treinamento militar Wi’a. Entre os cerca de 2.900 prisioneiros em todo o país, existem 270 evangélicos, incluindo 135 mulheres. Fontes dizem que os prisioneiros enfrentam circunstâncias miseráveis porque se recusam a negar sua fé. Um irmão, que passou algum tempo no centro, chamou o lugar de “símbolo de miséria”. Um dos tipos de sofrimento inclui a falta de tratamento médico.

O centro de treinamento militar Wi’a também mantém 27 muçulmanos presos em Assab por se opor ao mufti (chefe religioso) indicado pelo governo. Eles estão no centro há um ano e seis meses. Eles são mantidos no andar subterrâneo, separados de outros prisioneiros religiosos e militares.

Também foi confirmado que o número de cristãos evangélicos mantidos na delegacia de Massawa é de 50, entre os quais, 15 mulheres. De acordo com fontes, os familiares e amigos dos prisioneiros podem levar alimentos uma vez por dia, mas não podem vê-los.

A Eritreia baniu todas as igrejas protestantes em 2002. Somente o islã e as igrejas ortodoxa, católica e luterana foram legalmente reconhecidos. Os templos de todas as outras denominações foram fechados e as reuniões particulares nas casas foram proibidas. Os membros que desobedeceram a essas restrições foram presos e torturados nos campos, conhecidos por suas terríveis condições.

Fonte: Portas Abertas

Donos de blog cristãos são sequestrados no Irã


Dois novos convertidos cristãos foram presos em uma falsa reunião realizada em uma igreja clandestina, e ninguém tem notícias sobre eles.

De acordo com informações recebidas, um cristão de 30 anos chamado Mazaher R., que mantinha um blog para evangelização pela internet conheceu um homem morador de Isfahan e que se apresentou como pastor Reza.

Esse homem, pastor Reza, convidou o cristão para encontrá-lo para se conhecerem melhor. O irmão Mazaher, junto com sua irmã e outro cristão chamado Hamed S, foram ao encontro de Reza em 22 de fevereiro.

Os três encontraram Reza e uma mulher chamada Maria, apresentada como sua esposa. Depois de conversarem um pouco, Reza convidou os três cristãos para acompanhá-lo em uma reunião de oração clandestina, onde ele batizaria um novo convertido.

Depois de uma longa viagem até o local, esse “suposto” pastor afirmou que o prédio em que estavam era o templo da igreja. Quando entraram, os três cristãos foram atacados, vendados, algemados e levados por policiais à paisana.

No dia seguinte ao incidente, outros policiais invadiram a casa do pai de Mazaher e confiscaram computadores, impressoras e diversos CDs.

Fontes afirmam que a irmã de Mazaher, presa junto com os outros dois jovens, foi liberada após ser interrogada, pois descobriram que ela era inocente nos fatos, e não tinha nenhuma ligação ao blog cristão.

Os familiares, depois de retornarem ao local da falsa igreja e da prisão, descobriram que a casa estava vazia há muito tempo, e que não havia nenhum homem chamado pastor Reza morando na área.

Recentemente, a república islâmica iniciou uma campanha para identificar e encerrar todos os sites não-islâmicos que promovam ensinos cristãos ou divulguem notícias contra o governo ou os direitos humanos.

Ore pelos dois cristãos e por seus familiares.

Fonte: Portas Abertas

terça-feira, 24 de março de 2009

Diácono de igreja evangélica é procurado por abuso sexual em Araçatuba

A Polícia Civil de Araçatuba procura o aposentado A. A. D., de 62 anos, diácono da Igreja Assembleia de Deus Independente, acusado de ter molestado uma adolescente de 13 anos e abusado de duas meninas, de 11 e 12 anos, e de outra adolescente, de 13, todas moradoras no Jardim do Trevo, zona oeste da cidade.

O diácono fugiu quando o motorista Rogério Pereira Alves o flagrou molestando a filha em sua própria casa. O religioso, que era vizinho de muro de Alves, aproveitava a saída dos pais para o trabalho para entrar na casa e molestar a menina, o que ele vinha fazendo desde dezembro.

Nesta segunda-feira, 23, Alves foi dispensado do trabalho e quando chegou em casa flagrou Domingues sobre sua filha. "Meu desejo foi de matá-lo. Tentei segurá-lo, mas tive de socorrer minha filha e ele aproveitou para fugir", contou.

Exames confirmaram a conjunção carnal. A garota apontou à polícia outras crianças do bairro também foram abusadas pelo diácono. Até o fim desta tarde ele ainda não havia sido encontrado. O pastor João Neves Nascimento, responsável pela igreja em Araçatuba, disse que, se o diácono voltar, será excluído da igreja

Fonte: Folha Gospel

segunda-feira, 23 de março de 2009

Pastores e líderes sofrem ameaças constantes de guerrilhas na Colômbia


Em 2006, após ter sido condenado à morte por rebeldes esquerdistas pela realização de cultos cristãos, um pastor de Arauca, região norte da Colômbia, levou a sério as ameaças de morte feitas por guerrilheiros no dia 13 de março.

Rebeldes telefonaram para um pastor da Igreja Ebenézer, em Saravena, às 5h30, dizendo-lhe para encontrá-los em um lugar do rio Arauca às 7 horas. Quando o pastor, que pediu anonimato, chegou ao local, os guerrilheiros o levaram de canoa para o outro lado do rio, em território venezuelano, conduzindo-o a um acampamento da guerrilha a uns quarenta minutos de distância.

Durante as três horas seguintes, os rebeldes alertaram-no de que os pastores da região tinham três opções: cooperar com a causa revolucionária dos guerrilheiros, sair da região ou morrer.

Eles o advertiram de que os pastores não devem pregar para os guerrilheiros, pois a mensagem cristã de paz contradiz seus objetivos militares; e não poderiam apoiar candidatos políticos cristãos sem sua permissão.

“Não queremos que os pastores e os que frequentam suas igrejas participem de política”, disseram ao pastor. “Não queremos os evangélicos na política porque vocês não apoiam nossos ideais. Não temos nada em comum com os evangélicos.”

Os guerrilheiros disseram que o grupo não se opõe aos pastores pregarem dentro das quatro paredes da igreja, mas a congregação não deve falar de política, guerra ou paz. Antes de deixarem o pastor ir embora, disseram-lhe que não terão compaixão dos membros das igrejas se eles continuarem a desobedecer essas diretrizes.

Tais ameaças não são novas para o pastor. Em 2006, fontes disseram que ele e sua família tiveram de abandonar seus pertences e a igreja que pastoreavam no vilarejo de Fortul após os guerrilheiros ameaçarem matá-lo por pregar e dirigir cultos cristãos em casa e no templo.

Os guerrilheiros assumiram o controle da região em 2007, e rapidamente declararam que o culto cristão era ilegal. Até janeiro de 2008, os guerrilheiros tinham fechado sete igrejas e proibido pregar sobre Jesus nas áreas rurais.

De acordo com o Relatório de Liberdade Religiosa Internacional de 2008, a Unidade de direitos humanos do gabinete do procurador-geral da Colômbia está investigando 14 assassinatos de clérigos, ocorridos nos anos anteriores. Acredita-se que eles tenham sido alvo porque criticavam aberta e francamente as organizações terroristas. O programa presidencial para os direitos humanos relatou que quase todos os assassinatos de padres podiam ser atribuídos aos guerrilheiros esquerdistas.

“Os líderes das Igrejas católica e protestante perceberam que os assassinatos de líderes religiosos nas comunidades rurais eram normalmente mal relatados devido ao isolamento e do medo de retaliação”, observa o relatório. “Os líderes religiosos normalmente não buscavam proteção do governo por suas crenças pacifistas e pelo temor de retaliação de grupos terroristas.”

Uma organização de direitos humanos afiliada à igreja Menonita, Justicia, Paz y Acción No-violenta (Justapaz), declarou que os guerrilheiros, ex-paramilitares e novos grupos criminosos cometiam violência contra os líderes das igrejas evangélicas.

Rebeldes esquerdistas, opostos aos ensinamentos de paz cristã, continuam a fazer ameaças de violência contra pastores e líderes cristãos em várias partes da região de Arauca. Em 28 de fevereiro, guerrilheiros levaram o pastor de outra igreja para um acampamento da guerrilha na Venezuela. Aborrecidos com o fato de que os pastores estavam se aproveitando da presença do exército colombiano para desafiar os guerrilheiros, pregando a Cristo publicamente e usando seus púlpitos para pregar a paz, os rebeldes acusaram os cristãos de não ajudarem com os projetos sociais.

“Preguem dentro das igrejas, mas não os deixem morrer. Preocupem-se em salvar aqueles que estão com vocês”, disse um guerrilheiro ao pastor que pediu anonimato. “Teremos de tomar medidas drásticas com os pastores para que eles obedeçam novamente.”

Em Puerto Jordán, município de Arauquita, no dia nove de dezembro de 2008, supostos rebeldes esquerdistas deram oito dias de vida para o pastor Rodolfo Almeida, de 40 anos. Relatos afirmam que um homem jovem veio à sua casa às 20:30h e perguntou por sua esposa. Surpreso pelo fato de um estranho perguntar por sua esposa àquela hora, Rodolfo perguntou por que ele queria vê-la. O homem, então, disse-lhe que tinha oito dias para deixar a cidade ou sua vida estaria correndo risco.

O estranho se recusou a dizer à que organização pertencia. O pastor recebeu ameaças semelhantes de rebeldes em 2007 e, até o fim de 2008, ele e sua esposa decidiram sair da cidade com seus três filhos. O pastor Rodolfo serviu por mais de dois anos como pastor auxiliar na Igreja Ebenézer, em Arauquita.

Dois prefeitos cristãos anônimos em Arauca também receberam ameaças dos guerrilheiros e, em 15 de dezembro, um vereador foi assassinado. Desde que assumiram seus cargos, em janeiro de 2008, os prefeitos de Arauquita e Saravena têm sido atacados várias vezes por rebeldes. Eles têm atraído a ira dos guerrilheiros porque não podem ser comprados como foram seus antecessores e se recusam a participar das atividades ilegais dos rebeldes.

“Perdemos os privilégios de uma pessoa comum”, disse o prefeito de Arauquita. Agora, somos alvos militares. Deus me trouxe aqui, mas, algumas vezes, desejei não continuar pois ser um cristão em um contexto como esse em que vivemos, tem um preço muito alto.”

No ano passado, acrescentou, os guerrilheiros mataram sete cristãos na região de Arauca. “Alguns deles eram funcionários do governo, outros eram líderes ou simplesmente pessoas reconhecidas por seu testemunho como crentes em Jesus”, disse ele.

O vereador Francisco Delgadillo, um cristão que recebera ameaças dos guerrilheiros, foi assassinado quando voltava para sua casa em 15 de fevereiro.

Fonte: Portas Abertas

sábado, 21 de março de 2009

Líder cristão vietnamita está impedido de sair do país


O Dr. Paul Ai Tran, líder cristão vietnamita altamente perseguido, causador de grande frustração às autoridades comunistas por causa de sua igreja, deportado para os Estados Unidos em 1999, está preso na cidade de Ho Chi Minh, antes conhecida como Saigon.

Seu amigo próximo, Bruce Sonnenberg, diretor executivo e fundador da He Intends Victory disse que “Paul está em um hotel, preso na cidade, e é vigiado constantemente por dois policiais aonde quer que vá. Ele pode visitar os amigos e familiares, mas é observado 24 horas por dia.

“Agora, Paul é um cidadão americano, e tem visto de turista para voltar ao Vietnã. Eles não podem fazer nada a ele, mas querem tornar as coisas mais difíceis. O que estão dizendo é ‘Se você quiser vir para o Vietnã, pode vir, mas não irá embora enquanto não dissermos’. Estão brincando com ele, e acredito que o soltarão assim que se cansarem da situação.”

Sonnenberg continua: “A razão pela qual Paul não escolhe ficar na casa de um familiar em Ho Chi Minh é que os policiais interrogariam suas irmãs. Ele recebeu a opção de ficar em um hotel e facilitar as coisas para sua família. A polícia devolveu o passaporte dele, mas ainda não permitiram que ele deixe o Vietnã”.
“Talvez eles o liberem na próxima terça-feira, 24 de março. Paul queria ir para Da Nang e Hanoi, mas se ele puder ir embora, irá direto para Singapura e Malásia.”

Ao falar com Sonnenberg pelo telefone, Tran disse: “Não se preocupe comigo. Estou seguro nos braços de um Deus poderoso, muito mais poderoso que qualquer governo”.

Alguns pastores vietnamitas foram visitar Paul no hotel em que está. “Esses jovens pastores vietnamitas são muito corajosos, mais do que eu quando era recém-convertido. Eles não têm medo da polícia. Essa próxima geração de cristãos no Vietnã é dinâmica e agradeço a Deus por eles. Isso me dá esperança para o futuro do cristianismo no país”, diz Paul.

“Perguntei para Paul se os guarda-costas já aceitaram a Cristo, e ele disse: ‘Quase! Estamos chegando perto!’, afirma Sonnenberg.

O Dr. Paul Ai Tran ficou preso por 12 anos no total, por pregar o evangelho de Cristo. Em dezembro de 1999, Paul, Ruth e seus cinco filhos foram expulsos de seu país e se mudaram para Hampton, Virgínia, onde agora servem a Cristo com a Outreach International.

Paul foi para o Vietnã visitar sua família e cerca de 350 pastores que o consideram seu líder.

Fonte: Portas Abertas

sexta-feira, 20 de março de 2009

Apresentador de programa cristão é agredido por muçulmanos na Inglaterra


Um pastor e apresentador de TV foi atacado por muçulmanos no que a polícia chama de “crime de ódio religioso”.

O pastor Noble Samuel, 48, nascido no Paquistão, estava indo para o estúdio de gravação de seu programa quando um carro estacionou na frente dele. Um homem desceu do carro e pediu informações sobre como chegar em Urdu.

De acordo com o pastor Noble, o homem “colocou a mão em minha janela, que estava meio aberta, agarrou meu cabelo e abriu a porta. Ele começou a bater em meu rosto e pescoço. Ele tentava esmagar minha cabeça no volante, então agarrou minha cruz e a puxou. Os outros dois homens saíram do carro e levaram minha Bíblia e meu laptop”.

Depois do ataque, o pastor Samuel foi apresentar o programa normalmente. O dono da rede de televisão, muçulmano, entrou no ar para condenar o ataque. Durante as últimas semanas, o pastor Samuel percebeu que muitos muçulmanos ligaram para o programa opondo-se a suas opiniões. “Eles discutiram comigo; estavam muito agressivos por discordarem de minha visão cristã.”

A polícia alertou a família sobre a possibilidade de próximos ataques. O pastor disse temer pela segurança de sua mulher e filho.

Fonte: O Verbo

quinta-feira, 19 de março de 2009

Polícia invade reuniões e prende diversos cristãos no Uzbequistão


Três protestantes foram condenados a 15 dias na prisão em Andijan, depois que a polícia invadiu uma casa onde estavam os três homens, que preferiram não ser identificados por medo de represálias. Outros cristãos foram levados para um abrigo, onde passaram de quatro a onze dias, por não portar documentos de identidade.

Em outro caso, um batista na capital Tashkent foi condenado a 10 dias na prisão depois que 20 oficiais invadiram uma reunião de oração em uma igreja registrada. Eles disseram aos membros da igreja que precisavam de uma permissão especial para qualquer outro culto que não fosse o de domingo, embora não haja nenhuma lei ou regra quanto a isso.

Todas as tentativas de discutir essa onda de prisões de protestantes e muçulmanos, desde o início de março com algum oficial do parlamento de direitos humanos foram fracassadas.

A situação da liberdade religiosa no Uzbequistão está piorando. Uma campanha nacional contra os seguidores do teólogo muçulmano Said Nursi está começando, com duras sentenças sendo entregues a alguns seguidores, enquanto outros permanecem presos aguardando julgamento. Membros de outras igrejas protestantes, assim como hare krishna e testemunhas de Jeová, estão sendo presos e perturbados.

Protestantes de Andijan disseram que os membros presos estão junto com criminosos. O juiz Shadmanov afirmou que, porque a defesa não apelou da decisão do juiz nos dez dias permitidos, os três cristãos só podem reclamar de qualquer violação dos processos com o grupo principal de juízes. “Minha decisão está baseada na lei”, insistiu. Questionado sobre o porquê de os indivíduos precisarem de uma permissão para se reunir com fins religiosos, ele respondeu: “Eu não sou um legislador, e não quero discutir a lei.” Shadmanov disse que os três devem ser soltos em 18 de março.

Shadmanov afirma que sua decisão não foi uma punição muito dura comparada com a violação cometida por eles. Ele diz que se forem novamente acusados por uma violação administrativa, os três enfrentariam acusações criminais.

Fonte: Portas Abertas

Cristã foi condenada à prisão por cultuar em casa no Vietnã


Um executivo da União Europeia está monitorando o caso da cristã vietnamita Puih H’Bat. A comissão europeia citou relatos da fundação Montagnard Incorporated (MFI, em inglês), confirmando que Puih H’Bat foi presa em abril de 2008 em sua casa, alguns dias depois de cultuar com outros cristãos em sua casa, na província de Gia Lai.

“Ela se recusou a fazer parte da Evangelical Church of Vietnam, registrada pelo governo”, diz Benita Ferrero-Waldner, representante da União Europeia.

A recusa de Puih H’Bat de cultuar nas igrejas apoiadas pelo governo aparentemente viola a legislação. “De acordo com outras fontes, Puih foi acusada de violar a lei ao ‘destruir a unidade entre a solidariedade das pessoas”, afirma Ferrero-Waldner.

“A acusação parece fazer referência ao artigo 87 do Código Penal, no capítulo XI: ‘Crimes de desrespeito à segurança nacional’. De acordo com essas fontes, Puih H’Bat foi condenada a cinco anos de cárcere em sua província natal.

O MFI disse que Puih H’Bat, 42, pode receber tratamento pesado porque além de liderar reuniões de oração, ela casou com um homem que viajou para os Estados Unidos. O marido de 44 anos, Rahlan Hre está “muito preocupado com o bem-estar de sua esposa e como seus filhos vão sobreviver sem ela. No momento não há ninguém para cuidar das crianças, a não ser sua sogra já idosa”.

Ore para que Puih H’Bat seja liberta o mais rápido possível, e para que seus filhos sejam bem cuidados e guardados até lá.

Fonte: Portas Abertas

Professor é demitido e alunos são suspensos por discutir a Bíblia no Paquistão


Um professor cristão foi demitido e dois alunos foram suspensos de um colégio na província de Punjab sob as alegações de “humilhação ao islã” e “abençoar descendentes judeus” de Abraão, o patriarca bíblico de Israel.

Javed Raza, também evangelista, disse que foi demitido porque o diretor do instituto e os “alunos muçulmanos radicais” opuseram-se à interpretação que ele fez da Bíblia.

Raza afirma que as tensões começaram em dois de março, após uma palestra, quando ele respondeu algumas questões sobre Abraão e seus filhos Ismael e Isaque. “Eu expliquei que Isaque era o filho prometido por Deus”, mesmo Sara sendo muito velha. Os alunos demonstraram desaprovação com o que foi falado.

O professor disse que alguns alunos muçulmanos também se aborreceram por ele falar de outras promessas de Deus para os descendentes israelitas de Abraão, como mencionado em diversos versículos na Bíblia.Entre eles, Gênesis 12.3: “Abençoarei os que o abençoarem e amaldiçoarei os que o amaldiçoarem; e por meio de você serão benditos todos os povos da terra serão abençoados”.

Alguns dos “alunos radicais muçulmanos criaram um problema ao começarem a cantar ofensas contra mim e dois alunos cristãos, Abid Bhatti e Zahid Kamal, que concordavam comigo”, explica Raza.

Raza alegou que Zulfiqar o demitiu “sem nenhuma investigação” e suspendeu os alunos. “Ninguém quis humilhar o islã, eu só estava tentando compartilhar informações com meus jovens alunos”, diz.

Javed Raza, desempregado após dois anos trabalhando na escola, declarou que “pensamentos superficiais e mentes pequenas de alunos muçulmanos e do diretor me privaram de minha função de professor”.

Ele diz estar preocupado com os alunos suspensos. Raza acusou a academia de infligir “uma perda irrecuperável no futuro dos alunos cristãos ao arruinar sua carreira educacional”.

Raza deixou claro que continuará a pregar o evangelho.

Fonte: Portas Abertas

terça-feira, 17 de março de 2009

Entrevista com o Missionário Itamar Fernandes, 11 anos em Moçambique


Em 1998 o pastor Itamar Fernandes, da Igreja Assembléia de Deus em Feira de Santana, então com 35 anos, arrumou as malas e junto com a esposa e três filhos foram cumprir o sublime chamado de Jesus, para pregar o evangelho em terras moçambicanas. O tempo passou, mas sua paixão pelas almas dos moçambicanos continuou. Hoje 11 anos depois, o Pastor Itamar e sua família trabalham firmes na liderança da Missão PIEIA desenvolvendo muitos projetos com boas perspectivas. O Missionário Itamar é casado com a Irmã Alda Fernandes, e juntos têm três filhos: Brunno - 22, Thayane – 20 e Thaymires – 15 anos. A Igreja Assembléia de Deus em Feira de Santana, pastoreada pelo Pr. Joezer Santana, é responsável pelo sustento da família do missionário em Moçambique.

Olhar Cristão - Como se converteu a Cristo, e como foi sua chamada missionária?

Pastor Itamar - Eu nasci em um lar cristão e quando tinha 10 anos de idade tive um sonho que eu estava em uma aldeia. Passaram-se os anos, e um dia eu estava em uma aldeia africana e Deus me abriu os olhos e disse: "Veja aí o que eu te mostrei quando tinhas 10 anos. "Então eu tive a certeza de que estava no lugar e vontade de Deus. Agora estamos completando 11 anos aqui em Moçambique.

Qual é sua cosmovisão sobre o Moçambique atual nos aspectos social político e espiritual?

Quanto ao aspecto social, nos últimos anos depois da guerra, que durou 16 anos, o país tem crescido consideravelmente a uma taxa de 7% ao ano. Podemos ver esse desenvolvimento no comércio, na área tecnológica, na cultura, na educação, na saúde e na mentalidade das pessoas que têm sua auto-estima renovada.

No Aspecto político, o país caminha para um mono-partidarismo, esmagando violentamente as forças políticas da oposição. Mas, por outro lado, a abertura democrática não para, o país está, apesar de em passos lentos, caminhando para uma democracia madura e definitiva. Falar em guerra civil aqui é motivo de piada e risadas - graças a Deus.

Sobre o aspecto espiritual, como acontece em todos os países africanos, o ocultismo alinhado a uma cultura rígida e resistente à mudanças formam uma barreira de oposição às igrejas evangélicas e missões. O cristianismo nominal atrapalha em muito a verdadeira Igreja e o verdadeiro Evangelho do senhor Jesus. A falta de visão missionária das igrejas enviadoras que estão principalmente no ocidente, faz com que muitos missionários voltem para casa por falta de sustento. Outros ficam sem condições financeiras de trabalhar, enquanto que o processo deficitário de envio de missionários permite que muitos venham ao campo sem sem nenhum preparo, e portanto, sem condições de desenvolver um trabalho sério - servindo apenas de objeto de zombaria. Costumamos brincar e dizer que o missionário come um leão por dia, isso porque temos um problema sério todos os dias para resolver. Ontem mesmo roubaram nossa única moto que nos foi doada por um irmão no Brasil. Só pra vocês terem uma ideia, na minha família já aconteceram 72 malárias, eu já estive a beira da morte por 3 vezes, meu filho já esteve em coma por causa da malaria, e minha filha já deitou sem nenhuma esperança de viver porque há muitos dias não comia, porém em tudo isso Deus nos deu vitórias tremendas.

Como foi parar em Moçambique?

Minha vinda a Moçambique foi interessante. Eu estava servindo a Deus como copastor e vice-presidente da igreja AD em Feira de Santana na Bahia, na época eu dirigia o culto de libertação e numa dessas noites Deus levantou um vaso que disse que eu iria ser enviado a um lugar muito distante dali e que ele iria mudar meu ministério. Alguns dias depois Deus me desafiou a dar todo o meu salário para obra missionária que estava sendo desenvolvida na Rússia e eu obedeci a Deus dando todo meu salário durante um tempo. Imediatamente fui a escola de missões e um ano depois estava chegando a uma aldeia africana aqui em Moçambique.Onze anos já se passaram; eu que pensei que voltaria um ano depois, agora já nem sei quando vou voltar.

Fale sobre a Missão PIEIA?

O objetivo da Missão PIEIA - Projeto Internacional para Evangelização do Interior da África é essencialmente plantar Igrejas em aldeias de solo africano, mas Deus também nos deu outros ministérios:

1- Projeto PAI-(projeto de amparo infantil) - alimentamos com a palavra de deus e com pão material cerca de 250 crianças diariamente.
2- Projeto Filemon- evangelização das presídios. Temos 150 novos-convertidos estudando a palavra de deus semanalmente
3- CASE - evangelização das feiras livres
4- Igrejas nas aldeias - são 117 igrejas nas aldeias
5- Radio - deus nos deu uma radio 100% evangélica que evangeliza mais de 600 mil pessoas diariamente. Além de outros projetos.

Como tem sido a aceitação do povo evangélico em Moçambique, e que autonomia a Igreja tem para fazer cultos, construir templos... existe Lei de Religião?

Não percebemos nenhuma rejeição visivelmente. Na cidade e fácil as pessoas se decidirem por Jesus, porem o difícil esse manterem na igreja. O mesmo acontece nas aldeias, principalmente por causa da força da cultura que e muito resistente e fixa.

A dificuldade reside no registro legal da denominação, porque o Governo exige que a igreja tenha no mínimo 500 membros ,e esta exigência e válida até mesmo para as aldeias mais distantes, e o Governo mantém controle de suas leis em todo o território nacional não importando se é na cidade ou no interior. Uma vez que a denominação esteja legal, ela pode abrir representações em qualquer parte do país sem nenhuma perseguição governamental, porém no Norte do país existe sim uma forte resistência do povo muçulmano.

O Governo estabeleceu uma direção chamada Assuntos Religiosos que trata de toda a questão religiosa, inclusive recebimento, permanência e expulsão de missionários. É bom citar que em Moçambique não se compra terreno, ele é doado pelo Estado, e a facilidade de liberação para construir templos depende da boa vontade e da estrutura administrativa de cada localidade. Moçambique é um país regido por uma constituição democrática, fora isso temos as leis tradicionais que mudam de região para região.

Seu trabalho em Moçambique fica em que província ou estado? É ligado a Assembléia de Deus em Feira de Santana?

A Missão PIEIA tem registro nacional podendo operar em todo Moçambique. Neste momento já alcançamos quatro províncias e temos representação em mais dois países vizinhos. Estas representações são consideradas campos missionários da nossa igreja-sede. Em Moçambique temos mais de uma centena de igrejas espalhadas pelas aldeias.

Nossa Missão apesar de ser fundada por um missionário enviado e mantido até hoje pela Igreja de Feira de Santana, é uma missão inter-denominacional na sua totalidade. Recebemos ajuda de qualquer denominação, recebemos missionários de qualquer denominação e cooperamos aqui no com igrejas de qualquer denominação evangélica. A igreja de Feira de Santana é a igreja mantenedora da nossa família e nos somos seus missionários, porem a Missão é um órgão, como disse antes, inter-denominacional de tal forma que a responsabilidade de Feira de Santana é apenas em manter seus missionários que desenvolvem funções na Missão PIEIA, porem a manutenção dela vem de pessoas e igrejas amigas, não sendo assim de responsabilidade da Igreja Assembléia de Deus de Feira de Santana.



Pr. Itamar Fernandes
email: mpinternacional@hotmail.com
Tel. 00xx258.825678109 - Moçambique – África

Plante sua semente missionária:
BRADESCO AGÊNCIA 239-9 C/CORRENTE 49700-2
Itamar Fernandes.

Fonte: Ubeblog

Mortos pela dengue chegam a 24 na Bolívia


Subiu para 24 o número de mortos na Bolívia por uma epidemia de dengue que castiga o país desde janeiro, período em que 45 mil pessoas foram infectadas pelo vírus da doença, número que, segundo o Governo, pode chegar a 60 mil até abril.

A avaliação foi feita hoje, pelo chefe nacional de Epidemiologia, Eddy Martínez, ao jornal "La Razón".

"Ainda estamos em curva ascendente; o mês de abril será crucial para saber se conseguimos controlar a epidemia", afirmou o diretor do Serviço Departamental de Saúde de Santa Cruz (Sedes), Erwin Saucedo, ponderando que o ritmo de aumento dos casos por dia está diminuindo.

No departamento (estado) de Santa Cruz, o mais afetado pela epidemia, funcionários municipais anunciaram à imprensa que até o prefeito, Percy Fernández, pegou a doença, mas em sua versão clássica, não na hemorrágica, que é que pode matar.

Coincidência ou não, na semana passada, Fernández criara uma polêmica, ao agredir uma jornalista que lhe perguntou pelas políticas para enfrentar a epidemia e disse que ela tinha "cara de dengue", referindo-se ao mosquito transmissor, Aedes aegypti.

Esta é a pior epidemia de dengue dos últimos 20 anos na Bolívia e supera em gravidade a que afetou, em 2007 o Paraguai, onde houve 27 mil infectados e 17 mortos, embora ainda fique atrás da que castigou o Rio de Janeiro no ano passado, com mais de 100 mortes entre janeiro e maio.

O Governo boliviano recebeu ajuda econômica, técnica e material de Brasil, Argentina, Colômbia, Venezuela e Cuba, assim como de vários países europeus para lutar contra a doença, que provoca febre alta, dor de cabeça e vômitos.

Fonte: Globo.com

A realidade sobre a Índia


Esta é a primeira parte do artigo intitulado A realidade sobre a Índia.

Na Índia, país predominantemente hinduísta, os cristãos são de longe uma minoria. Eles têm sido perseguidos durante anos, e no estado de Orissa, local mais tenso do país, cerca de 50 pessoas perderam suas vidas em uma onda de violência que ocorreu em 2008. Como ocorre a perseguição dos cristãos indianos? Qual é a história desses cristãos? E como se preparam para enfrentar tamanha opressão?

Escrito pelo jornalista Gerald Bruins.

Nova Déli – Na Igreja Metodista Betel, localizada na cidade de Noida, que fica na capital superpopulosa de Nova Déli, os jovens são responsáveis pelas atividades da manhã. Eles lêem as Escrituras, fazem um período de adoração, usando guitarra e bateria, e cantando musicas compostas por eles mesmos. Certa manhã, além das coisas de costume, eles encenaram uma peça. De repente, alguns jovens com mantas enroladas na cabeça e com pedaços de madeira nas mãos invadiram a igreja e bateram no “pastor”, um jovem com uma vestimenta litúrgica. Alguns cristãos foram atirados no chão. O pastor arrastou-se até o microfone e com a voz sufocada citou as conhecidas palavras de Jesus: “Pai, perdoa-os, pois não sabem o que estão fazendo”.

Esse é o modo que esses jovens encontraram para chamar atenção para a perseguição que seus irmãos cristãos têm enfrentado. Esse é o assunto que tem mais ocupado a mente dos cristãos indianos, principalmente, após a grande violência feita contra os cristãos do estado de Orissa em agosto, na qual se estima que cerca de 50 pessoas foram mortas, 4.500 casas e igrejas foram destruídas, e mais de 50 mil pessoas ficaram desalojadas.

Na capital, os cristãos podem realizar suas atividades com total liberdade, mas em outras partes do grande país a situação é precária. É por isso que duzentos pastores, fundadores de igrejas e evangelistas de todos os lugares do país se encontraram secretamente, em algum lugar do norte da Índia, para um seminário chamado PFAT. Durante quatro dias cheios, os participantes receberam ensinamentos, na maioria dos casos pela primeira vez, sobre a perseguição de acordo com a perspectiva bíblica.

Realizado pela equipe indiana da Portas Abertas Internacional, organização mundial que apoia os cristãos perseguidos, o seminário ainda abriu espaço para testemunhos pessoais. Após as discussões, geralmente os participantes chegavam à seguinte conclusão: acreditar em Jesus na Índia pode custar tudo: filhos, família, casa, igreja e até a própria vida. O fio condutor de todos os testemunhos contados eram os grupos de hindus extremistas, que apareciam do nada, cercavam os cristãos, os ameaçavam com pedaços de madeira e armas, e incendiavam suas casas e igrejas. É importante fazer uma clara distinção entre os extremistas e os hindus “comuns”, que em muitas regiões do país vivem pacificamente com cristãos e muçulmanos.

O comportamento dos hinduístas radicais pode ser ilustrado através dos incidentes que envolvem Anil Kumar, pastor de uma igreja pentecostal. Ele lidera três comunidades que somam um total de 100 membros no norte do estado de Uttarakhand. No dia cinco de janeiro de 2008, ele foi ameaçado por telefone. Ordenaram que parasse os cultos da igreja. Alguns meses antes, a polícia o prendeu sob a acusação de “forçar conversões”, ou seja, de tentar converter hindus à fé cristã, o que é proibido em alguns estados indianos que possuem leis anticonversão. Depois disso, foi solto porque faltavam evidências.

Alguns meses atrás, um grupo de hindus se juntou em frente à sua igreja, gritando e ofendendo os membros. Logo em seguida, enquanto o culto estava ocorrendo, houve um ataque à igreja. Eles espancaram os fieis, que fugiram de lá em pânico, alguns com as pernas quebradas, mas ainda assim, tiveram que correr.

Kumar foi detido novamente e trancafiado durante vários dias. Enquanto me contava a história, o pastor começou a chorar, não por causa do sofrimento que passou, mas porque sob tamanha pressão, alguns se reconverteram ao hinduísmo. E por mais que os radicais estejam distribuindo um panfleto com sua foto, para tentar expulsá-lo da cidade, o pastor não pretende parar de fazer o que faz.

“Jesus está comigo. E abri um processo legal contra a polícia. Aprendi a defender meus direitos neste seminário”, afirma.

Feridas à faca

Raju Baria, o líder de uma igreja doméstica em uma cidade do estado de Madhya Pradesh, carrega no corpo sinais visíveis da perseguição. Alguns anos atrás, radicais hindus o esfaquearam repetidas vezes no braço, e o atingiram nas costas com uma espada. No hospital, o médico não quis socorrê-lo.

“O médico disse que Jesus me curaria e me enviou de volta para a delegacia. Fiquei detido durante um mês, porque disseram que eu forçava as pessoas a se converterem. Aos poucos minhas feridas sararam.”

Após sua libertação, o pastor transferiu o culto da igreja para a casa de um amigo. Mais uma vez os extremistas fizeram um ataque, atearam fogo na casa e duas crianças que estavam em pânico pularam em um poço e se afogaram.

“Seis igrejas da região viraram cinzas”, ele comentou de maneira contida. Apesar da opressão, disse com lágrimas nos olhos que sua comunidade está crescendo. Como o pastor explica isso? “Continuamos a evangelizar e ocorreram muitas curas. Isso traz as pessoas a Jesus.”

Muitas histórias de milagres são contadas no seminário. Antes de sua conversão, o pastor Prakash Jha do estado de Madya Pradesh era membro de um grupo extremista hindu. Ele até atacou igrejas e cristãos.

“Uma organização fundamentalista fez uma lavagem cerebral em mim. Os líderes diziam que os cristãos eram chantagistas, que recebiam dinheiro de fora do país e forçavam os hindus a se converterem. Assim, nós tínhamos que fazer algo contra eles.”

Ele ganhou uma Bíblia de um amigo que se tornou cristão. Sem saber que tipo de livro havia recebido, começou a lê-lo. No evangelho de Mateus, leu que Jesus pediu que todos que estivessem cansados e sobrecarregados viessem a ele. Isso o aproximou da fé. Converteu-se após testemunhar uma oração que trouxe cura a uma mulher que havia sido mordida por um escorpião. Sua igreja está crescendo apesar da opressão, segundo o próprio relato, isso acontece por causa das muitas curas que têm ocorrido.

A perseguição também vem da família, contam os participantes do seminário. O pai de Bhupendra Nath é um guru, da casta brâmane, a mais elevada. Ele poderia ter seguido os passos do sacerdócio hindu, mas seus amigos de escola falaram para ele sobre Jesus e ele aceitou a fé.

“Imediatamente após a primeira oração que fiz, fui liberto de uma terrível dor de cabeça, que me incomodava já fazia muito tempo”, diz.

Como uma tentativa de fazer com que voltasse ao hinduísmo, o pai ordenou que fizesse diversos rituais, mas ele recusou-se. As pessoas da cidade começaram a pressioná-lo a voltar à fé hindu, mas ele resistiu.

“Então, meu pai ameaçou me matar e pagou alguns mercenários. Eu fugi da casa de meus pais com minha esposa e estou vivendo em um lugar secreto, bem longe da minha família. Isso me magoa muito. Sinto falta deles, mas agora vejo meus irmãos e irmãs da fé como família.”

Orissa

No seminário havia um grande número de ministros da Igreja Evangélica Luterana do distrito de Koraput, situado no estado de Orissa, o centro do pior ataque já realizado contra cristãos. Quando a violência começou na região de Kandhamal, a cerca de duzentos quilômetros de distância, os pastores pensaram que os ataques não os alcançariam, mas estavam errados. Após quatro dias, as multidões alcançaram Koraput também. O reverendo Sewak Ram conta como seu sogro, também pastor da Igreja Luterana, e sua esposa tiveram que fugir para a floresta, quando sua igreja foi incendiada.

“Eles tiraram primeiro tudo o que estava lá dentro, desde roupas até o fogão a gás e as Bíblias, e as queimaram fora da igreja.”

Seu amigo, o reverendo Mahesh Pramanik, ficou preso no fogo cruzado. De um lado, estava a multidão enfurecida de hinduístas; do outro, um grupo de jovens (os cristãos da cidade estavam divididos), que queriam defender a igreja. Com a ajuda da polícia, foi possível impedir o confronto.

“Eu estava na frente do grupo cristão, com as mãos estendidas, e clamava para que eles não recorressem à violência. Isso deu certo, mas os hinduístas ainda assim incendiaram todas as igrejas.”

No total, 25 lugares de culto foram incendiados na região, assim como um número desconhecido de casas. Sessenta famílias cristãs perderam tudo.

“É surpreendente o fato de que não houve mortes nessa região”, diz Pramanik. “Os pastores nem ousam pensar em reconstrução, não há dinheiro para isso. No momento, fazemos os encontros debaixo de árvores ou em campos abertos.”

Em outros lugares de Orissa, os cristãos enfrentaram um destino muito pior: cinquenta pessoas foram assassinadas, mas de acordo com um relatório do Partido Comunista da Índia (marxista-leninista), 500 pessoas podem ter sido mortas. Segundos os comunistas, há rumores que dizem que os fundamentalistas hindus foram instruídos a destruir as evidências e queimar os corpos. As imagens de cristãos carbonizados porque atearam fogo neles ou porque não conseguiram sair de suas casas e igrejas durante os ataques, são frequentes.

O reverendo Abraham, da organização Full Gospel Trust, que trabalha entre as crianças pobres do norte da Índia, nasceu em Orissa. Ele visitou diversas vezes o distrito de Kandhamal, que foi fechado para a imprensa.

“Muitas pessoas ficaram traumatizadas, poisperderam um ou mais membros de sua família ou suas casas, e porque os documentos das propriedades foram queimados também, será difícil para eles retornarem.”

O fato de que as igrejas foram incendiadas não tem impedido que os cristãos se encontrem, seja em casa ou na floresta.

“É estranho pensar que você pode destruir o cristianismo ao destruir igrejas. Os cultos das igrejas simplesmente continuam a ocorrer, não importa quão difíceis são as situações.”

Das milhares de pessoas desabrigadas, um grande número está vivendo nos campos estabelecidos pelo governo. O pastor iniciou diversos projetos voltados para crianças: “Do ponto de vista emocional, elas estão muito feridas. Não podem ir à escola e estão condenadas ao ócio. Estamos desenvolvendo um projeto cheio de atividades.”

Abraham ouviu diversos relatos de pessoas que foram forçadas a se reconverterem ao hinduísmo. “Rasparam o cabelo dos cristãos, os forçaram a oferecer cocos a entidades, a beber urina de vaca e fizeram o sinal hindu na testa deles”, descreve o pastor.

Muitos cristãos em Orissa começaram a duvidar. Alguns já haviam perdido suas casas em um ataque em dezembro de 2007, e tinham acabado de reconstruí-las quando os hinduístas atacaram novamente e destruíram tudo. “Onde está Deus?”, alguns perguntam a si mesmos. Ore por eles e por todos os que foram forçados à reconversão ao hinduísmo, para que possam permanecer fieis a Jesus, mesmo que só no coração.

* Para evitar o reconhecimento das pessoas envolvidas, os nomes foram alterados no presente artigo.

Índia

• Língua: Hindi
• Capital: Nova Deli
• Forma de governo: República federativa
• Religião: Hinduísmo (80,5%), Islamismo (13,4%), Cristianismo (2,3%), Siquismo (1,9%), Budismo (0,8%), Jainismo (0,4%) e outras religiões (0,6%)
• Área: 3.287.263 km2
• População: 1.129.866,154 (2007), depois da China, a Índia é o país com a maior população do mundo

Fonte: Perseguidos pela causa de Cristo

segunda-feira, 16 de março de 2009

Homem é preso após interromper culto evangélico com tiro

Arcendino Bertan, de 57 anos, foi preso na noite de ontem após invadir uma igreja evangélica com duas armas em punho e efetuar um disparo dentro do local.

O caso ocorreu por volta das 20h30, no Bairro Montevidéu, em Campo Grande, MS. Segundo informações da polícia, Arcedino que apresentava ligeiro estado de embriaguez interrompeu o culto religioso com um tiro para o alto. O templo é frequentada pela a esposa do autor.

A Polícia foi acionada e o autor fugiu com a chegada da guarnição. Ele tentou se esconder em uma residência nas proximidades da igreja, na Rua Ana Rosa Castilho, mas foi detido pelos policiais militares do 9º Batalhão e levado à Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário).

Fonte: Folha Gospel

Pastor é atacado durante o culto de domingo


O pastor K. Krupanamdam da Igreja True Wine em Gabbilalpet, distrito de Ranga Reddy, foi agredido no domingo.

A colônia em Shameerpet Mandal, sob a administração de Alwal, cedeu um terreno para uma igreja. Ela foi construída e aproximadamente 100 pessoas frequentavam os cultos. Recentemente, um grupo anticristão da aldeia quis tomar a propriedade da igreja. Os pastores abordaram várias autoridades sobre os problemas, por isso, a polícia destacou dois agentes policiais para proteger a igreja.

Em 22 de fevereiro de 2009, domingo, por volta de 11:30, o Pastor Krupanamdam iniciou o culto com uma oração. Após cantar algumas músicas, um grupo de pessoas lideradas por Rokalbanda Ramulu, um líder comunitário, interrompeu o serviço. Várias mulheres no grupo começaram a puxar a camisa e bater no pastor.

A polícia não podia controlar a situação e chamou apoio. Cerca de cinco a seis viaturas policiais chegaram e colocaram a situação sob controle. O inspetor chefe visitou o local mais tarde. O pastor foi levado à delegacia, e ele registrou uma queixa, mas nenhum boletim de ocorrência (FIR) foi arquivado.

Fonte: Portas Abertas

sábado, 14 de março de 2009

Perseguição no Oriente Médio gera preocupação internacional

O bispo de Chichester, reverendo John Hind, diz que os cristãos no Oriente Médio estão passando por “extrema privação”.

Em um debate sobre perseguição religiosa na House of Lords, Hind afirmou que “Em lugares onde diferentes religiões convivem há séculos, percebemos o atrito com a igreja cristã em seus lugares de origem”.

Ele continua: “No Iraque, os cristãos têm sofrido muito, algumas vezes devido ao ódio absoluto, outras por estarem em fogo cruzado, ou porque, de maneira errada, são vistos como representantes de uma crença ocidental”.

“Então, não podemos renegar nossa responsabilidade e a pressão aos cristãos em algumas partes do mundo.”

O bispo observa que nem todas as formas de perseguição são violentas ou ilegais. “Além da fronteira do Iraque, no sudeste da Turquia, uma parte que eu conheço particularmente bem, os tribunais estão acusando monastérios, que já existem há muito tempo, de roubarem as terras de aldeões locais.”

O bispo Hind também comentou sobre a “perseguição” no Reino Unido. Ele recebeu bem a restituição do cargo de Caroline Petrie, a enfermeira cristã que foi suspeita por oferecer oração a um paciente (Saiba mais).

De acordo com John Hind, um porta-voz do fórum muçulmano descreveu a decisão de suspendê-la como “loucura”.

A cada dia vemos que a perseguição em diversas partes do mundo tem se intensificado. Ore para que Deus governe cada situação de acordo com a vontade dEle, e que nossos irmãos perseguidos encontrem forças e sabedoria para lidar com as adversidades.

Fonte: Portas Abertas

Assassinato na Igreja Renascer em Cristo, em Recife

Um membro da Igreja Renascer em Cristo foi assassinado, por volta das 3h30 deste sábado, dentro da própria igreja, localizada na Rua Fernando Simões Barbosa, em Boa Viagem, Zona Sul do Recife.

Denis Alberto da Silva Campos, de 28 anos, preparava atividades com outros integrantes do grupo quando iniciou uma discussão com Carlos Roberto Fernandes dos Santos, 44 anos, que também trabalhava no local.

Com golpes de faca, Carlos matou o rapaz, que chegou a ser socorrido e levado para um hospital particular no bairro. O corpo de Denis Alberto está no Instituto de Medicina Legal.

O autor do crime foi preso e levado para o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

Fonte: Folha Gospel

sexta-feira, 13 de março de 2009

Pastora é obrigada a interromper trabalhos e se mudar


Em 15 de fevereiro, alguns dias após um culto evangelístico em Tiwy, as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia – Exército do Povo, deram 24 horas para Mary Elizabeth Ortega Calderon, pastora da igreja Quadrangular, deixar a comunidade. Ela foi forçada a se mudar com sua filha e três netos. Pelos últimos três anos, as guerrilhas proibíram eventos religiosos ao ar livre e cultos em igrejas.

Presentes no evento estavam convertidos e convidados, entre os quais, guerrilheiros infiltrados. Os espiões falaram sobre a reunião para o líder da FARC-EP local.

Maria Elizabeth tem uma visão de levar as Boas Novas entre os habitantes de Tiwy, e realizou esse evento mesmo entre os membros da milicia (guerrilhas que trabalham em áreas urbanas, mas se vestem como civis). Ela é pastora da igreja há dois anos, e apesar de ter recebido avisos para não evangelizar, essas ameaças nunca chegaram ao ponto de forçá-la a sair da comunidade.

As guerrilhas disseram que não iriam matá-la devido aos problemas com os responsáveis por direitos humanos da área. A FARC-EP espera fortalecer sua imagen ante a comunidade internacional como grupo revolucionário, e não criminoso.

Mary tem muitos deveres pastorais, mas não recebe salário por seu trabalho porque, de acordo com os estatutos internos da denominação, alguém com o título de “voluntário” não é remunerado.

A Portas Abertas Internacional providenciou para Mary três meses de alimentação e ajuda financeira, para o aluguel e para que sua familia se estabeleça em um local seguro.

Fonte: Portas Abertas

quinta-feira, 12 de março de 2009

Cada vez diminui mais o número de Cristãos nos Estados Unidos


De acordo com uma pesquisa realizada pela Universidade Trinity College (Connecticut), o sentimento de religiosidade nos Estados Unidos está passando por um retrocesso. A American Religious Identification Survey, realizada junto a 54.000 adultos em 2008, é a terceira desse tipo desde 1990. Uma segunda pesquisa foi feita em 2001. O estudo testemunha um recuo do cristianismo: 76% dos americanos se disseram cristãos em 2008, contra 86,2% em 1990.

Os protestantes são apenas maioria com 50,9%, distribuídos em suas grandes linhas tradicionais (batistas, metodistas, luteranos…), contra 60% há 18 anos. Os católicos são a primeira comunidade religiosa em constante progressão em número, acarretada pela imigração hispânica (57 milhões em 2008 contra 46 milhões em 1990).

Fonte: Gnoticias

Missionário morre por choque elétrico

O missionário Alair Scheidt Junior, 29 anos, morreu por choque elétrico, na manhã de ontem, ao se encostar em um fio desencapado, em Ijuí, no noroeste do Estado do Rio Grande do Sul.

Scheidt estava subindo no telhado da sede da Missão Evangélica União Cristã, no centro da cidade, quando houve o acidente.

Fonte: Folha Gospel

Missionária presa em janeiro será solta essa semana


Uma missionária da Unification Church presa em janeiro em Almaty, Cazaquistão, será solta essa semana.

Elizaveta “Liza” Drenicheva, 30, condenada a dois anos de prisão em janeiro, depois que seu estudo sobre o pecado original foi classificado pelo governo como uma ofensa criminosa. Ela será multada em $200 dólares, mas os dois meses que ela esteve presa serão reduzidos de sua pena final.

O juiz liberou Elizaveta sem nenhuma restrição, e agora ela está livre para voltar para a Rússia, onde mora.

Os membros da Unification Church consideram apelar ao veredicto dado pelo juiz, para que os missionários recebam o direito de evangelizar no país de maioria muçulmana.

O caso de Liza atraiu a atenção de muitos grupos de direitos humanos. No tribunal havia muitos jornalistas, representantes do governo americano e da Organization for Security and Cooperation in Europe (Organização pela segurança e cooperação na Europa – OSCE, em inglês), que defende os direitos humanos.

O Cazaquistão está programado para entrar na OSCE em 2010. Fontes afirmam que queixas recentes sobre a repressão a grupos de minoria religiosa podem ter levado o governo a libertar Drenicheva.

Outros grupos religiosos disseram não haver recuo nos problemas com o governo do Cazaquistão. Logo depois que Drenicheva foi presa, houve casos de não-muçulmanos que não puderam entrar no país.

“Os grupos de minoria religiosa são perturbados por um governo que afirma promover a liberdade religiosa, mas que não o faz”, disse o representante de um grupo de direitos humanos.

Fontes afirmam que um grupo de fiscalização cazaque tem prendido muitos batistas. Yuri Rudenko, da região de Almaty, foi o terceiro pastor batista a ser preso por se recusar a pagar multas por cultuar sem registro.

Elizaveta Drenicheva foi condenada por um “crime contra a paz e a segurança da humanidade.

Fonte: Portas Abertas

Pai e filho cristãos são mortos em ataque


Um jovem cristão foi queimado vivo por um muçulmano devido a rumores de que o cristão tinha um relacionamento com a irmã do jovem muçulmano.

Yasser Ahmed Qasim se aproximou de Sabri Shihata, 25, e derramou gasolina sobre o jovem, e então colocou fogo nele. O jovem copta tentou apagar o fogo ao pular em um canal próximo, mas as queimaduras eram muito graves, e ele faleceu.

O pai do jovem, Sabri Shihata, 60, chegou até a vila, onde um grupo de muçulmanos o esfaqueou até a morte. O senhor Shihata foi levado para o hospital, mas mesmo assim, morreu por causa do ataque.

O grupo muçulmano também atacou o irmão mais novo do jovem copta, Rami Sabri Shihata, 22, causando um grave ferimento em sua cabeça.

A polícia local prendeu os envolvidos no ataque, incluindo Yasser Ahmed Kassem, e a vítima Rami Sabri Shihata, que está sob custódia no hospital Dmas, no norte do Cairo. Os criminosos são acusados de homicídio doloso.

As equipes de segurança também cercaram a casa da vítima, e mais oficiais estão espalhados pela vila.

Recentemente, a violência sectária entre cristãos e muçulmanos tem aumentado devido às conversões ao cristianismo e a oposição do governo em aceitar essas conversões.

Além disso, as mudanças nas condições de vida também contribuíram para a grande tensão entre os dois grupos. Antes, cristãos e muçulmanos viviam pacificamente em comunidades misturadas, mas atualmente tendem a viver separados, somente entre suas próprias comunidades religiosas.

O Egito tem a maior população cristã do Oriente Médio, com cerca de 10 milhões no país, formando 10% da população.

Fonte: Portas Abertas

quarta-feira, 11 de março de 2009

Onda de violência causa mortes e destruição de igrejas na Nigéria

Uma onda de violência que varreu a cidade de Bauchi, na Nigéria central, resultou na morte de pelo menos 11 pessoas e na destruição de oito vilarejos, e de muitas casas cristãs.

De acordo com uma reportagem da Christian Solidarity Worldwide (CSW, em inglês), centenas de cristãos estão desabrigados, e foi instituído um toque de recolher para tentar evitar mais destruição de vidas e propriedades.

A notícia afirma que a violência teve seu ápice depois que uma mesquita foi incendiada em um subúrbio de Bauchi, e tropas foram enviadas para restaurar a ordem e impor o toque de recolher para sete bairros.

Apesar da ação dos oficiais de segurança, os ataques à comunidade cristã continuaram, e pelo menos uma pessoa foi morta.

“Cerca de 4.500 pessoas foram forçadas a abandonar suas casas e procurar refúgio em quartéis militares”, disse o porta-voz da CSW.

Algumas fontes ligam os ataques em Bauchi a uma disputa local entre uma igreja e muçulmanos que freqüentam uma mesquita ao lado do templo – uma disputa aparentemente iniciada com a decisão dos cristãos de não deixarem os muçulmanos estacionarem no terreno da igreja.

No entanto, muitos outros relatos ligam os tumultos aos acontecimentos em Jos em novembro de 2008, em que centenas de pessoas foram mortas, grande parte muçulmanos.

A associação cristã da Nigéria (CAN, em inglês) entendia os ataques incessantes à comunidade cristã como “leve provocação”. Eles afirmam: “Devemos lembrar a nação que os cristãos sofrem todas as vezes que há ameaças de jihad. Em nossa história, os cristãos são massacrados, suas propriedades destruídas em diversas regiões”.

“A igreja não é responsável por nenhuma dessas crises. Não por covardia ou falta de saber o que fazer, mas porque nossa religião nos ensina a amar nosso próximo como a nós mesmos, e estar em paz com todas as pessoas, que se alguém bater em nossa face direita, devemos lhe oferecer também a esquerda.”

Fonte: Portas Abertas

Pastor é baleado e igreja é bombardeada em ataque anti-conversão

Em uma tentativa de interromper as conversões ao cristianismo no leste de Bihar, um homem perturbado explodiu uma bomba em uma igreja e atirou no pastor.

O inspetor de polícia Hari Krishna Mandal contou que o atirador, Rajesh Singh, estava preparado para matar o pastor, Vinod Kumar, na vila de Baraw, e então, tirar sua própria vida.

“No entanto, os cristãos o impediram antes que pudesse causar maiores danos ou se matar”, diz Mandal.

De acordo com um líder da Gospel Echoing Missionary Association (GEMS), o pastor de 35 anos foi levado para um hospital próximo a Varanasi, ao lado de Uttar Pradesh, e não corre risco de vida.

A igreja, Prarthana Bhawan (Casa de oração), pertence à GEMS. Cerca de 30 pessoas estavam no templo na hora do ataque. Algumas mulheres tiveram queimaduras no momento da explosão.

“Rajesh Singh jogou uma bomba pela janela da igreja, e o som da explosão criou o caos na congregação”, disse o inspetor Mandal. Conforme os membros da igreja fugiam, Singh entrou no prédio e atirou no pastor com uma pistola de curto alcance feita à mão.

Singh possuía mais bombas para explodir, e outras três balas em sua arma, mas os membros da igreja o seguraram e entregaram para a polícia.

“Em seu depoimento, Singh afirmou ser pessoalmente contra as conversões ao cristianismo, e queria matar o pastor para interromper com esse processo”, afirma Mandal. “Ele queria tirar sua própria vida depois de matar o pastor, e é por isso que tinha mais balas em sua arma e uma grande dosagem de anestésicos em uma seringa.”

Quando perguntado sobre a possibilidade de Singh estar ligado a grupos nacionalistas, o inspetor disse que nenhuma organização desse tipo atua na área, apesar de os cristãos locais afirmarem que a presença de hindus tem aumentado. Pessoas alegam que um grupo nacionalista mandou uma carta de ameaças ao pastor, exigindo que ele parasse de pregar na região.

A fonte afirma que o incidente poderia ser uma consequência das conversões no bairro de Mithnipur, onde uma família hindu recebeu a Cristo após ser curada de uma doença mental há cerca de seis meses. Singh também mora em Mithnipur.

“O pastor Kumar não voltou para a vila, temendo a oposição dos aldeões que não estavam felizes com a conversão de sua família”, diz a fonte. “A cruz da mesma igreja foi danificada há um ano por pessoas não-identificadas.”

Acredita-se que mesmo que a ligação de Singh com um grupo nacionalista não tenha sido comprovada, é provável que tenha sido instigado a cometer o crime por um grupo extremista. O pastor Kuamar, que é casado e tem três filhos, trabalha em Rohtas há 12 anos.

“De acordo com os aldeões, Singh estava mentalmente perturbado desde que recebeu o diagnóstico de câncer, e depois de tuberculose, apesar de não haver nenhum relatório médico que confirme isso”, diz Mandal.

Fonte: Portas Abertas

terça-feira, 10 de março de 2009

Governo ainda não reconstruiu Igreja demolida por gangue

Seis meses após uma gangue de jovens muçulmanos destruírem uma igreja no norte do Quênia, os cristãos, que ainda cultuam a céu aberto no calor intenso, dizem estar desapontados, pois os oficiais não fizeram nada para punir os culpados ou reconstruir o prédio.

Em um dia ensolarado de setembro, quando jovens muçulmanos enfurecidos expulsaram mais de 400 membros da igreja Redeemed Gospel de seu templo, os cristãos esperavam que pudessem retornar a seu prédio reconstruído. Essa expectativa deu lugar à raiva, desesperança e desespero.

“Depois de seis meses ao ar livre, a igreja se sente cansada e enganada”, conta o pastor David Matolo. “Estamos cheios de promessas vazias feitas pela administração do governo.”

“Nossa membresia diminuiu muito, e estou muito preocupado”, afirma. “A igreja acha que o governo está ganhando tempo – quase todos os meses tenho reuniões com as autoridades, que, em muitas ocasiões se fizeram de surdos conosco.”

Desde o ataque, os membros da congregação tem se reunido em um local para shows da cidade. Próximo a fronteira da Somália, o terreno tem algumas árvores para proteger as pessoas do sol escaldante, com temperaturas que vão de 30º a 40º Celsius.

Quando questionado sobre o porquê de os oficiais estarem relutantes em garantir um local permanente para a igreja como prometido, Matolo não hesitou em responder. “A administração decidiu ‘kutesa’ [nos fazer sofrer], sempre fazendo promessas que nunca cumprem”, diz. “Há momentos que o diretor decide simplesmente não atender meus telefonemas. Eu tive uma experiência muito dolorosa.”

Matolo disse ter pedido para que a administração permita que a igreja construa um novo templo em uma nova propriedade, ou que devolvam o terreno anterior. “Estamos preparados para qualquer eventualidade. Sentimos que a administração não está preocupada com nosso bem-estar espiritual”, declara.

Quanto às queixas feitas pelo pastor, o delegado da província disse: “A questão não está registrado em minha agenda, mas a autoridade provincial deverá resolver.”

Mas a autoridade da província, Stephen Maingi, disse que o oficial do distrito é que deveria solucionar o caso: “Deixe que o distrito resolva esse problema com o pastor.”

Por sua vez, o oficial do distrito, Onyango Ogango, indicou a igreja como a principal fonte de problemas: “Se a igreja puder voltar para seu terreno antigo, vai irromper uma disputa com os muçulmanos. A igreja iniciou muito bem, com cultos controlados, mas depois, as orações eram barulhentas e as músicas muito altas”.

A situação dos convertidos confirma a preocupação do pastor. Eles estão muito cansados e ansiosos com as chuvas que virão em abril. Matolo diz que sua congregação sabe que logo será muito difícil cultuar.

Fonte: Gnoticias

Quatro cristãos convertidos do islamismo são presos e torturados

Oficiais da inteligência líbia prenderam e torturaram quatro cristãos que se converteram do islã. Eles estão presos há sete semanas em Trípoli, capital da Líbia.

Supõe-se que a organização de segurança da Líbia está por trás da detenção e tortura dos cristãos. Os agentes impediram que as famílias visitassem os convertidos, e os pressionam física e psicologicamente, para forçá-los a revelar os nomes de outros cristãos. Temendo por suas vidas, muitos convertidos estão fugindo do país.

A prisão e tortura dos cristãos chegam em uma época crítica para as relações da Líbia com a comunidade internacional. O país tem trabalhado em suas relações internacionais seguindo as sanções impostas a ele, devido ao envolvimento com o bombardeio de um avião americano em que 270 pessoas foram mortas.

Ao torturar os quatro cristãos e oprimir a liberdade religiosa, a Líbia está novamente violando princípios básicos das leis de direitos humanos.

Jonathan Racho, diretor da ICC na África afirma: “Apelamos para que os oficiais cessem a tortura dos quatro cristãos e os liberte da prisão. A Líbia deve respeitar os direitos de seus cidadãos para cultuar livremente. Pedimos que o líder Muammar Gaddafi liberte os prisioneiros e demonstre que seu país é comprometido com o respeito aos direitos humanos”.

Ore para que os cristãos sejam soltos e para que as famílias recebam consolo e força do Senhor.

Fonte: Portas Abertas

Cristãos são apedrejados e uma mulher é morta

Em dois de março, um grupo de radicais atacou a comunidade cristã de um bairro no Paquistão deixando uma pessoa morta e 12 feridas.

Esse ataque foi o ponto culminante de vários dias de tensão depois que um jovem cristão prestou queixa contra alguns muçulmanos que o assaltaram em 26 de fevereiro. O ataque foi planejado com o objetivo de “ensinar uma lição” para a comunidade cristã.

De acordo com Emmanuel Shad, um ancião da igreja Presbiteriana do bairro, Imran Masih, 17, foi assaltado por seus vizinhos muçulmanos quando estava voltando do trabalho. Os ladrões o agrediram fisicamente e roubaram cerca de $40 dólares, e o celular. Eles não esconderam o rosto, então, quando Imran voltou para casa, contou para sua família quem havia o assaltado. Seus familiares foram conversar com os vizinhos, para que devolvessem o dinheiro e o celular, mas eles se recusaram. Furiosos com os cristãos que prestaram queixa à polícia, em dois de março, os jovens reuniram muitos cúmplices para a vingança.

“Mais de 20 muçulmanos armados atacaram a comunidade cristã e a igreja Presbiteriana em Sango Wali. Eles violentaram as meninas e apedrejaram as pessoas da comunidade, matando Shahkeela Bibi, uma senhora cristã de 45 anos, e ferindo outras 12”, contou Surayia Channan, uma ativista de direitos humanos em Gujranwala.

A data do ataque foi escolhida estrategicamente, porque os agressores sabiam que naquela hora (11:00h), a maior parte dos homens estaria no trabalho. Alguns voltaram logo para casa quando souberam do acontecido.

O grupo muçulmano invadiu o bairro e a igreja com armas, bastões de hóquei, pedras e pequenas armas. Depois de atacar as pessoas, os criminosos quebraram as portas e janelas da igreja, e gritaram frases humilhantes contra o cristianismo. Os terroristas não permitiram que o grupo de resgate socorresse os feridos. Eles ameaçavam qualquer um que tentasse ajudar ou dar informações, mas foram dispersos assim que a polícia chegou ao local.

Shahkeela Bibi faleceu a caminho do hospital, e as outras doze pessoas receberam cuidados médicos e foram liberadas.

Os cristãos fizeram um boletim de ocorrência contra os homens que os atacaram, mas a polícia só prendeu 12 suspeitos até agora. O marido de Shahkeela Bibi estava relutante em prosseguir no processo devido à pressão de políticos locais e oficiais, e agora, considera retirar sua queixa. No momento, a comissão católica para justiça e paz está apoiando as vítimas nas questões legais.

Surayia afirma que há cerca de 20 a 25 famílias cristãs entre 1.500 famílias muçulmanas vivendo no bairro. Imran Masih e Shahkeela Bibi não se conheciam.

Muitos cristãos participaram de um protesto em Gujranwala pedindo justiça.

Samuel Wallace, diretor regional do International Christian Concern afirma: “Não nos choca somente a maneira como esses homens “ficaram insultados” por um cristão ter prestado queixa do roubo, mas revela o quanto o sistema judicial do Paquistão está falido. A polícia ignora o assalto, e dias depois, os mesmos criminosos matam uma mulher que não tinha nada a ver com o crime anterior. Não haverá justiça verdadeira no Paquistão até que as minorias possam ver a polícia como aliada, e não como inimiga.”

Fonte: Portas Abertas

segunda-feira, 9 de março de 2009

Pontos polêmicos da nova Constituição boliviana


Segundo o presidente Evo Morales, a nova Carta Magna vai representar a "refundação" da Bolívia, mas a oposição alega que o texto tem passagens vagas sobre a posse de terras e pode dividir a sociedade boliviana ao estabelecer novos direitos para os povos indígenas.

Questão indígena

Mais de 80 dos 411 artigos da nova Constituição proposta pelo governo tratam da questão indígena no país. Pelo texto, os 36 "povos originários" (aqueles que viviam na Bolívia antes da chegada dos europeus), passam a ter participação ampla efetiva em todos os níveis do poder estatal e na economia.
Se a nova Carta for aprovada, a Bolívia passará a ter uma cota para parlamentares oriundos de povos indígenas, que também passarão a ter propriedade exclusiva sobre os recursos florestais e direitos sobre a terra e os recursos hídricos de suas comunidades.
Em um de seus pontos mais polêmicos, o texto também estabelece a equivalência entre a justiça tradicional indígena e a justiça ordinária do país.
Cada comunidade indígena teria seu próprio "tribunal", com juízes eleitos entre os moradores. As decisões destes tribunais não poderiam ser revisadas pela Justiça comum.
Ao mesmo tempo, em épocas eleitorais, os representantes dos povos indígenas poderiam ser eleitos a partir das normas eleitorais de suas comunidades.
Também seria criado um Tribunal Constitucional plurinacional, que teria membros eleitos pelo sistema ordinário e pelo sistema indígena.
Membros da oposição argumentam que os direitos estabelecidos para os povos indígenas dividiriam o país ao criar duas classes distintas de cidadãos.

Terra

A questão da divisão agrária é outro ponto polêmico do texto que será votado.
Além de votarem no "sim" ou no "não" à nova Constituição, os eleitores ainda terão que decidir se querem que as propriedades rurais no país tenham limite de 5 mil hectares ou 10 mil hectares. Assim, aqueles que, no futuro, adquirirem uma quantidade de terra maior que a aprovada, poderão perdê-la.
Depois de negociações com setores da oposição, o governo decidiu que, no entanto, a medida não será retroativa, ou seja, não afetará os atuais proprietários. Mas há outro ponto que preocupa os fazendeiros bolivianos. O novo texto estabelece que a terra tenha uma "função social", termo considerado vago pelos oposicionistas.
Alguns acreditam que o termo vago pode permitir que o governo confisque terras quando bem entender.

Reeleição

O projeto ainda estabelece a possibilidade de o presidente concorrer a dois mandatos consecutivos, o que é proibido pela atual Constituição.
Assim, a aprovação do texto no referendo abrirá caminho para que Morales convoque novas eleições e concorra novamente ao cargo de presidente.
O texto também prevê a instituição do segundo turno em eleições. Atualmente, quando nenhum dos candidatos consegue atingir mais da metade dos votos, é o Congresso quem decide quem será o novo presidente entre os dois mais votados.

Divisão territorial

O texto constitucional que passará pelo referendo também muda o mapa político da Bolívia.
Embora a atual Constituição do país já estabeleça níveis de descentralização política, o novo texto prevê a divisão em quatro níveis de autonomia: o departamental (equivalente aos Estados brasileiros), o regional, o municipal e o indígena.
Pelo projeto, cada uma dessas regiões autônomas poderia promover eleições diretas de seus governantes e administrar seus recursos econômicos.
A oposição alega que isto dividiria o país em 36 territórios e diminuiria as autonomias dos Departamentos (Estados).

Política externa

A Bolívia perdeu sua única saída para o mar após a chamada Guerra do Pacífico (1879-84), quando, ao lado do Peru, lutou contra o Chile.
O novo projeto constitucional, no entanto, estabelece "o direito irrenunciável e imprescritível sobre o território de acesso ao Oceano Pacífico", o que pode causar desavenças com o país vizinho.
Além disso, o texto estabelece que tratados internacionais sobre temas sensíveis sejam submetidos a referendo e proíbe a instalação de bases militares estrangeiras em seu território.

Religião

O projeto constitucional do governo Morales estabelece que o Estado seja laico e destitui o catolicismo da condição de religião oficial da Bolívia.
Mas outros artigos também preocupam a Igreja e os católicos do país.
A proposta de Constituição estabelece o "direito à vida", mas sem especificar se ele tem início desde o momento da concepção, o que, para os católicos, pode abrir uma porta para a aprovação do aborto no país.
O texto também fala em "direitos sexuais e reprodutivos", mas sem especificar a que se referem.
Isto, junto com uma definição ambígua de "família", pode, segundo os católicos, abrir caminho para o casamento entre homossexuais.

Fonte: Portas Abertas

domingo, 8 de março de 2009

Perseguição a Cristãos na Coreia do Norte


Na Coreia do Norte, os cristãos são vistos como subversivos políticos, pois adoram ao Senhor como único Deus, ao contrário do que é comum no país, ou seja, a veneração da família Kim(foto) como os divinos salvadores da Coreia.
Pelo ‘crime’ do cristianismo, três gerações de uma família serão presos em um campo de trabalho forçado, onde grandes crueldades, atos desumanos e fome garantem uma vida curta e atormentada.
Os refugiados afirmam terem visto cristãos sendo humilhados publicamente, agredidos e executados somente por possuírem uma Bíblia. Esse retrocesso do país é um vendaval devastador para a igreja.
Pedidos de oração
• Ore para que o país tenha sua herança espiritual restaurada, pois a capital Pyongyang foi o lugar de origem do avivamento coreano no início do século XX.
• Ore para que cada cristão nortecoreano que está preso ou que precisa cultuar clandestinamente. Que eles recebam sustento, consolo e forças para serem testemunhas do evangelho.
• Ore para que a Coreia do Norte seja livre, para que a perseguição aos cristãos no país diminua e que todos os cidadãos e autoridades conheçam o amor de Cristo.

Fonte: Portas Abertas

sábado, 7 de março de 2009

Cruzada contra a dengue!!!


Santa Cruz de La Sierra paralisa hoje, das 07:00 às 19:00 todas as suas atividades cotidianas para realizar uma inédita mobilização a fim de acabar com os criatórios do mosquito da dengue. Na campanha, prevê-se 2.000 toneladas de objetos "inúteis", que servem apenas para depósito de larvas. Serão paralisadas todas as atividades, além do circulamento dos carros particulares e o transporte público. Só poderão transitar os automóveis que tenham autorização da Defesa Civil.
O Ministro da Saúde, Ramiro Tapia, e o presidente do comitê cívico, Luis Nuñez, pediram à população para cooperar com a iniciativa, uma vz que a destruição dos criadouros é a maneira mais efetiva de lutar contra a dengue, que já provocou a morte de 22 pessoas e hospitalizou mais de 40.000

Fonte: El Mundo(Foto); El Deber (Reportagem)

Novos incidentes com pastores na Índia

A polícia de Madhya Pradesh prendeu dois pastores supostamente ligados à venda do livro “Secularism and Hindutva” (Secularismo e hinduísmo), que fere os sentimentos religiosos dos hindus.
De acordo com o pastor Akhilesh Edgar, a polícia levou Kailash Masih para a delegacia em 19 de fevereiro, alegando que o código penal condena “atos maliciosos e propositais que insultam os sentimentos religiosos”. Ele foi mandado para a cadeia no mesmo dia.
O pastor Sharda Prasad Muthel também foi levado para a delegacia, interrogado e liberado. No dia seguinte, foi intimado a retornar, e depois de uma investigação, foi solto por volta de 20h.
Um caso judicial foi aberto contra o pastor Paulose Venkatarao, organizador de uma convenção cristã que aconteceu de 16 a 18 de janeiro, onde supostamente, o livro foi vendido. O pastor também foi preso sob as mesmas acusações de Kailash Masih, e, no mesmo dia, foi mandado para a prisão.
Em 26 de fevereiro, os pastores foram soltos sob fiança.
Ore pela situação em Madhya Pradesh e para que o ministério desses pastores seja bem sucedido.
Extremistas hindus atacam reunião de oração
Extremistas interromperam uma reunião de oração, acusaram os cristãos de conversão forçada e os agrediram.
O pastor Akhilesh Edgar relatou que 30 convertidos estavam na reunião liderada pelo pastor Joseph Toppa na residência de um dos cristãos. A casa foi invadida, e as pessoas agredidas.
Todos os cristãos presentes foram levados para a delegacia, e liberados em seguida.
Ore pela tolerância religiosa em Chhattisgarh. O estado tem testemunhado muitos atos de violência anti-cristãos.

Fonte: Folha Gospel

Subsídios extras para a lição 10 - Uma Herança Conquistada pela Fé


O Tempo de Deus

Introdução

Sob a égide de Deus, Josué foi empreendendo, paulatinamente, a conquista da Terra Prometida (Js 10─11). O homem Calebe, um dos espias da primeira expedição que, ao lado de Josué, é um dos únicos remanescentes adultos que saiu do Egito e pôde entrar em Canaã (Nm 14.28-38), surge agora em cena após esperar quatro longas décadas para o cumprimento de uma promessa que lhe foi feita por Moisés (Js 14.9). Novamente podemos extrair grandes lições deste episódio.

O Homem Calebe

No primeiro ponto da lição, intitulado Calebe, um homem leal, consta algumas informações biográficas acerca desse importante personagem da história da peregrinação israelita. Como o tema parece ter gerado algumas dúvidas, é prudente que mais uma opinião abalizada do assunto seja ouvida:

Existem algumas dúvidas sobre a exata ascendência de Calebe. Em 1 Crônicas 2.18, está mencionado que Calebe era filho de Hezrom. Por outro lado, Jefoné, o quenezeu, é chamado pai de Calebe em Números 32.12. Os quenezeus, descendentes de Quenaz, parecem ter sido uma das tribos nômades dos desertos do Sinai (Gn 36.15). Foi em uma dessas tribos de edomitas que Moisés se casou (Jz 1.16; 4.11). A migração de Israel em direção ao norte atraiu alguns desses povos e eles se reuniram com fé, ao Senhor e ao seu povo. A família de Calebe foi anexada à tribo de Judá, e Calebe conquistou rapidamente uma posição de liderança. Embora o chefe da tribo fosse Naassom, filho de Aminadabe (Nm 2.3), foi Calebe que representou a tribo como espia e, mais tarde, como um daqueles que dividiu a terra em áreas tribais (Js 21.12). Está registrado que foi entregue a Calebe a sua parte “no meio dos filhos de Judá” (Js 15.13), implicando que ele não era realmente um membro daquela tribo. Séculos mais tarde, nos dias de Saul e Davi, os descendentes de Calebe ainda formavam uma família distinta em Judá, e sua parte do país parece ter sido um enclave na tribo (1 Sm 25.3; 30.14).1

Acredito que esta explicação apresentada seja bastante esclarecedora e suficiente para dirimir quaisquer dúvidas que possam surgir em sala. Particularmente, acredito que a aula não pode ter o pouco de seu tempo ocupado com este tipo de assunto, pois ele não é essencial na lição.

Calebe Tomou Posse?

É comum ouvirmos pregadores ensinar que é preciso que o crente “tome posse” de sua benção. Muitos o fazem como se ela estivesse presa nas mãos de Deus e, através da fé (que neste caso é uma espécie de “amuleto”), deve ser “liberada”. Esse comportamento tem tornado a igreja evangélica alvo de críticas e zombarias que, lamentavelmente, se justificam, pois esta postura é, para dizer o mínimo, questionável. Por outro lado, é cada vez mais crescente o número de “defensores da fé” que resolvem “atacar” este tipo de postura, não como um exercício legítimo e digno de toda a atenção e cuidado da Igreja, mas como forma de autopromoção. Percebo que a cada dia me torno mais inclinado a considerar a motivação por trás das ações. Já não basta dizer a verdade, mas o porquê de dizê-la tem sido cada vez mais importante para mim. Não sou a palmatória do mundo, mas inicio a sondagem pela minha própria vida e não deixo de prestar a atenção nas entrelinhas de quem ouço.

Calebe não “tomou posse” de nenhum território como fruto de impetração de palavras positivas ou mesmo “gritos de guerra”, como defendem os ufanistas evangélicos. Ele simplesmente solicitou a ocupação ─ depois de 45 anos ─ daquilo que lhe fora designado pelo Senhor, através de Moisés (Nm 14.24,26-28,39).

Diferentemente do que ensinam os sensacionalistas, Calebe recebeu esta herança não por ser merecedor, mas por ser fiel (Nm 14.24). Quando a primeira grande equipe expedicionária voltou da missão de sondar a terra, Calebe e Josué foram os únicos que apresentaram um relatório baseado na confiança em Deus:

Josué, filho de Num, e Calebe, filho de Jefoné, dentre os que haviam observado a terra, rasgaram as suas vestes e disseram a toda a comunidade dos israelitas: “A terra que percorremos em missão de reconhecimento é excelente. Se o Senhor se agradar de nós, ele nos fará entrar nessa terra, onde manam leite e mel, e a dará a nós. Somente não sejam rebeldes contra o Senhor. E não tenham medo do povo da terra, porque nós os devoraremos como se fossem pão. A proteção deles se foi, mas o Senhor está conosco. Não tenham medo deles!” (Nm 14.6-9, NVI).

Acredito que o servo de Deus não deva ser covarde ou agir por conveniência, pois este tipo de postura não é recomendada na Bíblia e constitui-se pecado diante de Deus (Jr 48.10; Tg 4.17; Hb 10.38). Existem cristãos que pensam que ser um crente humilde é o mesmo que ser omisso e relapso quanto a atitudes que exigem um posicionamento muito claro de nossa parte. Calebe sequer sabia que, devido sua fidelidade, teria parte na repartição das terras, por isso, percebe-se que ele agiu desprovido de “décimas intenções”. Como já disse, procuro sempre analisar a intenção. Muita gente, no lugar de Calebe, só diria o que ele disse se soubesse que tendo aquele comportamento seria beneficiada, e isso é agir de sórdida fé!

A Importância da Liderança

Não obstante Calebe ter sido escolhido como representante da tribo de Judá, ele não era, como já colocado acima, consangüineamente pertencente a ela. Isso prova, uma vez mais, que o homem de Deus, na maioria das ocasiões, não é um homem do povo. Mesmo sendo representante da grande tribo de Judá, Calebe não pensou em desobedecer a Deus para “ficar bem” com o povo. A Bíblia diz claramente que ele “fez o povo calar-se perante Moisés e disse: ‘Subamos e tomemos posse da terra. É certo que venceremos!’” (Nm 13.30).

As demais tribos, com exceção da de Judá e de Efraim, representadas pelos seus líderes, sucumbiram exatamente por causa da falsa percepção dos escolhidos, pois, infelizmente, os que não confiam em Deus, acabam vendo-se como insetos diante dos inimigos (Nm 13.33), tudo por não reconhecer que a batalha não era deles, mas de Deus.

Josué e Calebe foram ameaçados de apedrejamento por acreditarem em Deus e em seu poder (Nm 14.10). Isso demonstra que eram homens de coragem que não tinham suas vidas como mais importantes, e sim o fazer a vontade de Deus. É bem por isso que Ele os guardou e interveio no caso, não apenas salvando-os (Nm 14.10,11), mas também prometendo que eles teriam uma herança como recompensa de sua fidelidade (Nm 14.20-24).

Acometidos de uma praga misteriosa, os 10 espias que incitou a comunidade israelita, sucumbiram (Nm 14.36-38). Após presenciarem a reação do Eterno, o povo resolveu voltar atrás, mas, lamentavelmente era tarde demais (Nm 14.39-45). Moisés ainda os avisou: “Por que vocês estão desobedecendo à ordem do Senhor? Isso não terá sucesso! Não subam, porque o Senhor não está com vocês. Vocês serão derrotados pelos inimigos, pois os amalequitas e os cananeus os enfrentarão ali, e vocês cairão à espada. Visto que deixaram de seguir o Senhor, ele não estará com vocês” (Nm 14.41-43).

Mesmo com a advertência de Moisés, parte do povo foi ao encontro dos amalequitas e cananeus. Entretanto, como a vitória não vinha deles, mas do Senhor, eles sofreram fragorosa derrota e os que sobraram foram perseguidos. Pensando bem, nada incomum para quem passou 430 anos no Egito trabalhando para o Faraó. Isto é, Israel não tinha preparo para a guerra e, comparado a outros povos milenares já plenamente organizados, era apenas uma “criança”. É por isso que a confiança dele deveria estar no Senhor e não na lógica dos números ou de qualquer outra natureza.

O Tempo de Deus

É imperioso reconhecer que Josué não havia acabado de atravessar o Jordão quando Calebe o lembrou de sua parte territorial (Js 14.6-15). Cerca de cinco a seis anos já haviam se passado desde que o povo de Deus começara a empreender suas conquistas sobre a Terra Prometida. Isso só atesta a fidelidade de Calebe, pois mesmo sendo já um ancião, com certeza estava disposto a ajudar Josué a levar a efeito sua missão de conquistar. Algo muito diferente acontece nos dias atuais, onde a megalomania (a ambição desenfreada por liderar) faz com que muitos que acreditam que tem condições de liderar não respeitem a liderança de quem está sobre eles.

Ultimando esta reflexão, uma das dimensões que também não pode deixar de ser explorada, é que, mesmo sendo uma pessoa de destaque, Calebe não ficou criando confusão, insuflando pessoas contra Josué ou usando seu carisma e sua fama como instrumentos manipuladores. Ele aguardou sua oportunidade de ocupar o espaço territorial que lhe cabia, ou seja, esperou o kairos (καιρός), o tempo de Deus cumprir aquilo que lhe fora prometido (Js 14.6-15).

Apesar de reconhecer sua força e vigor (Js 14.10,11), Calebe, em demonstração de que os anos não arrefeceram sua fé, afirmou que, mesmo sabendo que a região requerida por ele era uma terra inóspita, de cidades-fortaleza habitadas por gigantes, ele estava ciente de que não seria a sua força o fator principal e a garantia de sua posse, mas como ele mesmo disse a Josué: “[...] se o Senhor estiver comigo, eu os expulsarei de lá, como ele prometeu” (Js 14.12, sem grifo no original). Calebe parece até reconhecer que, mesmo o Senhor tendo prometido, sua fidelidade, abnegação, amor e obediências tributados a Ele era o que iria determinar o cumprimento da promessa. Muitos se esquecem disso e acham que Deus, mesmo sendo eles infiéis e relapsos, deve cumprir integralmente o que lhes prometera.

Josué abençoou seu grande companheiro, e a possessão termina com um final feliz: “Então Josué abençoou Calebe, filho de Jefoné, e lhe deu Hebrom por herança. Por isso, até hoje, Hebrom pertence aos descendentes de Calebe, filho do quenezeu Jefoné, pois ele foi inteiramente fiel ao Senhor, o Deus de Israel. Hebrom era chamada Quiriate-Arba, em homenagem a Arba, o maior dos enaquins. E a terra teve descanso da guerra” (Js 14.13-15).

Não é bom esquecer que Josué, só após ter distribuído todos os pedaços de terra, separou o seu (Js 19.49,50, sem grifo no original). Afinal de contas, ele também era um dos que honrara o Senhor com sua atitude. Só que, diferentemente do que atualmente vemos, ele não legislou em causa própria e foi ético e fiel em relação ao povo que Deus o confiara como líder.

Fonte: Cpad